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terça-feira - 25/06/2013 - 09:40h
Entrevista ao Blog

Henrique Alves sabe de dificuldade para reforma

No dia 4 de agosto do ano passado, o editor deste Blog recebeu ligação do deputado federal Henrique Alves (PMDB). Estava em Mossoró, à ocasião, para participar da campanha à prefeitura da candidata Cláudia Regina (DEM).

Henrique e o editor deste Blog: constituinte para mais à frente

Desse contato saiu um encontro que gerou entrevista especial para o Blog Carlos Santos, publicada no dia 5 de agosto (um domingo), o dia seguinte.

Nesse bate-papo, o Blog indagou sobre vários assuntos, como a necessária e sempre adiada reforma política. A ideia de uma Constituinte (reunião de congressistas para alteração ou feitura de nova Constituição) As impressões do parlamentar precisam ser exumadas para hoje, em face da crise política que afeta o poder no país, deflagrada por movimento popular nas ruas do Brasil.

“Só se fará uma reforma que seja aplicada duas eleições à frente”, estimou Henrique.

Veja abaixo, o que era dissertado por Henrique, hoje presidente da Câmara Federal:

Quando finalmente sairá a reforma política cantada em prosa e verso há tempos? Henrique reconhece que esse é um parto difícil, porque os próprios congressistas têm interesses distintos. O olhar pro próprio umbigo termina embaciando a necessidade sempre urgente de mudança.

“Só se fará uma reforma que seja aplicada duas eleições à frente”, calcula. Porém, de antemão, podem ser providenciadas duas modificações que em seu entendimento ajudariam muito: a coincidência de datas das eleições, pois eleições a cada dois anos comprometem a própria governabilidade; o fim das coligações à chapa proporcional. “Temos 30 partidos e essa quantidade não ajuda no processo democrático”, compreende.

O financiamento público de campanha poderá ser adotado algum dia. Mas Henrique Alves acha que não existe atmosfera favorável para adoção desse instrumento legal, para irrigação estatal de todas as disputas eleitorais.

Lembrado pelo Blog que o então presidente Lula da Silva (PT) chegou a levantar a tese de constituição de um parlamento especial, pela via eleitoral, para especificamente realizar uma reforma política, o deputado contesta parcialmente a ideia.

Ele acredita que possa existir outra saída. Seria a instituição de uma comissão parlamentar, sem uso de qualquer instrumento infraconstitucional, com a finalidade específica de formatar projeto de reforma.

“Esses deputados e senadores seriam escolhidos pelos partidos e fariam apenas esse trabalho”, argumenta.

Veja AQUI entrevista completa que foi publicada por esta página, ano passado.

Nota do Blog – O brado das urnas é contra o sistema partidário, contra o poder constituído, mas não na intenção de derrubar governo. O que parece existir, é desejo de filtragem e enxugamento.

Mesmo com a legitimidade do voto direto (à exceção dos senadores biônicos, que chegaram ao plenário sem serem votados) , os congressistas não são vistos com bons olhos pela maioria da população.

O próprio Henrique admitiu à época a dificuldade de uma reforma para ter validade imediata. “Só se fará uma reforma que seja aplicada duas eleições à frente”, estimou nessa entrevista.

Será que pensa da mesma forma hoje? Pouco provável. Povo, impaciente, não parece querer jogar para frente o que pode ser feito logo.

 

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Categoria(s): Política

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