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quarta-feira - 24/04/2013 - 00:13h
Crime em Alagoas

Laudo prova que mossoroense morreu por espancamento

Fabrizio faz gesto obsceno no carro da polícia, após ser preso (Real Deodorense)

Foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas, o corpo de Judite Fonseca de França Riccardi, 45, morta com “lesão do tecido cerebral, com instrumento contundente”, conforme laudo cadavérico expedido para seu sepultamento – em Mossoró. O médico legista José Lopes da Silva Filho assinou o atestado de óbito.

Ela era professora de origem mossoroense.

Judite foi morta no sábado (20), na Praia do Francês, em Alagoas, município de Marechal Deodoro, por volta de 18h30. O marido da vítima, o italiano Fabrizio Angelo Riccardi, foi preso na mesma noite, suspeito de ter cometido o crime.

Ele deu versão dizendo que ela teria morrido sufocada, no que seria um “acidente sexual”. Mas os levantamentos no corpo de Judite comprovaram que fora vítima de bárbaro espancamento, possivelmente do marido, considerado uma pessoa antissocial, violenta e com vícios em drogas e álcool.

Cirurgia

A vítima foi professora muito bem-relacionada e conceituada do Colégio Sagrado Coração de Maria (CSCM), por 18 anos. Casada há cerca de 12 anos com o algoz, ela não tinha aprovação de sua família para manter esse relacionamento. Já se separara dele, mas sempre havia uma reconciliação.

Haria informação de que o marido a agredia constantemente, a ponto de ter-lhe quebrado as duas pernas; o fêmur, por último. Chegou a passar por cirurgia recentemente, circulando ainda em cadeira de rodas.

Registro de óbito mostra causa da morte de professora mossoroense: crueldade

Relatos que chegaram à sua família – com pais idosos, residentes em Mossoró – indicavam que um de seus braços fora fraturado pelo algoz há poucos dias.

O corpo estava bem machucado, o rosto com sinais de agressões, olhos inchados, hematomas espalhados por várias partes do corpo, cortes na testa, boca e queixo.

Tiros

O agravante, é que após o crime, o próprio suposto assassino ligou para a família. Cientificou-a do falecimento, mas passando informação de que fora um infarto. Só no domingo (21) a verdade chegou à tona. Ou parcialmente.

Com o avanço na apuração do crime e laudo cadavérico, ficou claro que foi uma tentativa dele de se safar e denegrir a imagem da vítima, ao vender o álibi de que Judite morrera em consequência de um acidente sexual.

Ano passado, Fabrizio esteve envolvido em mais uma confusão, levou dois tiros, mas sobreviveu.

Admirador de Hitler e simpatizante do nazismo, o italiano – conforme informação que a família da vítima possuía, não trabalhava e tinha renda proveniente de remessa de recursos financeiros de familiares mais abastados, residentes na Itália.

Ele sequer tinha amigos, ninguém suportava seu temperamento. Era contumaz nas bebidas e drogas, além da violência contra a sua mulher.

Testemunhos de seus vizinhos confirmam o perfil tresloucado de Fabrizio.

Outro desdobramento desse crime é que a casa de Judite e Fabrizio foi invadida e saqueada após o episódio. O que não foi roubado, terminou depredado.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. Rafaella diz:

    Que bom que ainda existem pessoas comprometidas com a verdade nesse país. Amigo, vc é sério, um profissional de verdade, e fez a única divulgação verídica do caso. Parabéns e obrigada.

  2. Ana Alice diz:

    Muito triste uma mulher se submeter a tanta violência até culminar com sua morte. Que a justiça seja feita!

  3. Maria diz:

    Não entendo que é que essa mulher viu nesse homem. Não entendo mulheres que dizer amar uma pessoa assim. Falta amor próprio?

  4. Francy Granjeiro diz:

    Monstro, asssassino, que mofe atras das grandes por muitos anos.
    *
    No jornal “Azulão”, na página Circulando em Off, tem uma frase que diz o seguinte:Toda vez que se encontra do lado da maioria,é hora de parar para refletir”.
    Bem, entendi que essa frase não enquadra-se a gov Rosalba com povo potiguar,pelo alto índice de rejeição e,ao contrário da simpatia da presidenta Dilma que ta pra la de 70% e isso incomoda muita gente…kkkkk. TÁ DANDO PENA!
    *
    DEU NO NEW YORK TIMES: LULA colunista do The New York Times – Chora oposição!Eita que os colunistas de meia-tigela dos jornalões brasileiros estão se rasgando,vão cortar os pulsos de INVEJA kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk… FHC chora de inveja!
    Até o NYT, a imprensa norte americana reconhece o Gigante LULA, …KKKKKKKKKKK

  5. Lorena diz:

    Obrigada por trazer a verdadeira história…muitos procuram denegrir, ao invés de divulgar fatos.

  6. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Infelizmente ainda em pleno século XXI, constatamos que os relacionamentos homem x mulher, ainda são pautados sob os sígno da submissão, da subserviência e do obscuratismo político/religioso.

    Falar da submissão feminina na sociedade patriarcal é assunto que ainda instiga a muitos, tudo porque as mulheres conquistam cada vez mais seu espaço, buscam a igualdade e, por que não dizer a própria superação. O que já acontece, conforme podemos perceber em suas conquistas. Apesar desta luta, vivemos em uma sociedade inflexível e moralista, que reflete o machismo predominante em nosso meio, remontando assim a sociedade burguesa do século XVII, onde surgiram os contos de Charles Perrault. Estes traziam consigo uma dupla função, sendo uma delas “a de preservar os temas mitológicos da Antiguidade” (MENDES, 2000: 106) e a outra a de “transmitir a ideologia familista da classe burguesa” (

    Um dos princípios revela o papel feminino diante da sociedade machista e patriarcal, muitas vezes tão atual. Em meio a estas idéias, os contos apresentam “as fadas, mulheres divinas, boas ou más, como símbolo do poder e as mulheres terrenas, premiadas ou castigadas, como símbolo da submissão ao poder masculino”

    No caso ainda hoje, assim como nos contos, mitos e fábulas da história antiga, a mulher ainda caminha sob o olhar beneplácito da masculinidade patriarcal. Mesmo por que inobstante todas as suas conquistas no plano material, grande parte das mulheres ainda ainda se fazem ese prestam mais que contraditórias quando dos seus enunciados políticos em suas caras bocas e, em sua concretude de atos.

    Temos inúmeros motivos para alegar que a submissão feminina ao machismo é um forte fato social, prova disso são os transcorridos os mais de 2000 mil anos na história do “homem” (ou ser humano, como deveria ser chamado). Sem contar que não retratei o período primitivo, onde vemos “humoristicamente” homens puxando suas mulheres pelos cabelos e tomando como propriedade sua. Claro, que não fui buscar esse período por não saber até que ponto isso foi real ou foi mera “piada”, mas que também houve submissão, isso sabemos sem sombras de dúvidas.
    Fato social carregado de lutas, batalhas e muito poucas conquistas.

    Por fim, deveras concluimos…mulheres…esses enígmas…111

    Um baraço

    FANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  7. soloni neiva diz:

    Infelizmente, nao e a primeira vitima, de um estrangeiro…. Eles se refugiam em nosso pais, a procura de boa vida… boas
    mulheres, pois somos um povo educado e carismatico… C tudo no fim das contas… so desejam mesmo usufruir do que temos…. Paz, Amor, Sinceridade;Alegria.. coisas que eles nao tem aqui…..

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