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quarta-feira - 27/06/2012 - 20:12h
Operação Assepsia

Procurador ‘procurado’ tem ‘esquema’ no Estado

O Ministério Público tem provas, a partir de interceptações telefônicas, de que o procurador da Prefeitura do Natal, cedido à Secretaria do Estado da Saúde Pública (SESAP), Alexandre Magno Alves de Souza, agia nas entranhas do Estado – também – para viabilizar terceirizações e outros negócios  fraudulentos, lesivos ao erário.

No caso da Associação Marca, responsável pela gestão do Hospital Materno-Infantil Maria Correia (Hospital da Mulher), inaugurado em março deste ano (veja postagens mais abaixo), o contrato fechado foi de R$ 16,8 milhões, sem qualquer licitação e com prazo de validade de seis meses.

Tudo resolvido como se o Estado fosse uma bodega (com todo respeito aos bodegueiros, claro).

A Associação Marca começou a desembarcar no Estado ainda em 2011, cerca de nove meses antes da inauguração do Hospital da Mulher, num flagrante procedimento viciado, nocivo ao cofre público. Ou seja, a escolhida veio primeiro do que o processo de escolha.

Alexandre Magno Alves teria agido inicialmente na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Natal, em conjunto com o ex-secretário Thiago Trindade, para favorecer organizações sociais em licitações fraudulentas. Depois, Alexandre Magno foi ‘deslocado’ para trabalhar na Sesap. Por lá chegou antes mesmo de sair portaria com essa mudança sua.

A pedido de quem ele chegou à Sesap? Suas ligações perigosas aos poucos devem ser conectadas e arrumadas, revelando como nada é por acaso.

Ele teria mudado de lugar, mas não de hábito e negócios, sempre com o beneplácito de padrinhos políticos e outros interessados nesse tipo de serviço bastante rentável e de aparente resultado à população.

Importante lembrar, que a Operação Assepsia ocorre sete dias depois que a Assembleia Legislativa aprovou uma lei que autoriza a contratação de O.S (Organizações Sociais) para todo o serviço público, semelhante ao que ocorreu no município de Natal.

O império da terceirização, uma iniciativa que é vendida ao povo como panaceia, capaz de ser a solução para as deficiências do serviço público, aos poucos vai se revelando como um pântano.

Veja AQUI a petição do MP,  na íntegra, com os detalhes dos elementos que levaram a Justiça a garantir a Operação Assepsia. Mas antes, tape o nariz. Leiam especialmente as páginas 181, 286 e 288.

Nota do Blog – O procurador está sendo procurado pela polícia. Entre os investigados no Rio Grande do Norte, é o único que teve prisão preventiva decretada pela Justiça.

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Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Saúde

Comentários

  1. Gilmar diz:

    É analfabeto?
    Que nível de escolaridade tem esse pessoal que ocupa as pastas administrativas?
    O povo precisa rever seu conceito de Educação para não cometer erro de destinatário suposto.
    Atentai para o que não se vê. Tá no currículo (oculto). Pense no poder dESSAS forças ocultas.

  2. Paulo diz:

    Vamos lá. Quanto pior melhor, né?? O negócio é chamar o Maluf. Êle resolve e aí fica tudo certo..

  3. PABLO SINDEAUX diz:

    Então, quando a justiça força a concessão de medicamentos e tratamentos terapêuticos há uma reclamação de que estaria desconsiderando o orçamento da saúde que não está a salvo desse tipo de “gatunagem”. Até que se moralizem as verbas de educação e saúde, cabe ao Judiciário e M. Público atuar com garra mesmo.

  4. Jossue de Freitas diz:

    O promotor de Justiça da cidade de Mossoró, Flávio Côrte, afirmou que a empresa Marca, mesma que está envolvida na Operação Assepsia em Natal, foi beneficiada pela fraude feita pela secretaria de Saúde do Estado. Por que ninguém do Governo foi preso e nem fizeram busca e apreensão?
    Fonte: //www.tuliolemos.com.br/noticia/3051/

    • Gilmar Henrique diz:

      Interessante Josué. Eu até sugiro como elemento constitutivo no índice remissivo deste Blogue uma enquete sobre as principais temáticas. Começando com o que o povo acha da “Justiça” e o que isso realmente É.

Trackbacks

  1. […] com denúncia do Ministério Público por supressão de documento oficial e estelionato (Veja AQUI). Teria forjado certas informações, para receber maior salário como servidor cedido ao […]

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