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domingo - 26/05/2013 - 08:20h
"Campo de Concentração"

Tarcísio Maia amontoa 14 pacientes em espaço para 4

Carlos Santos, boa noite.

Nesses 38 anos de profissão e plantão em anestesiologia nunca me deparei com o que estou vendo agora.

A sala de recuperação anestésica e cirúrgica se encontra com 14 pacientes quando a da capacidade é só para 4.

Estou me referindo ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró.

Lembra um verdadeiro campo de concentração.

E os “gestores” da Saúde?

É uma cena deprimente que infelizmente está aí.

Valmiro Silveira – Webleitor e anestesiologista

* Mensagem recebida pelo Blog um pouco antes das 23 horas desse sábado (25).

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Categoria(s): Saúde

Comentários

  1. josodete soares diz:

    Realmente o HRTM a cada dia que passa a demanda aumenta assustadoramente.Necessitamos sim de aumentar a estrutura do HRTM, mas para isso precisamos de Recursos humanos;Eu trabalho no HRTM há 24 anos, o que eu estou vendo é que os profissionais que estão entrando deste último concurso, estão optando por carga horária reduzida(108hrs) equivalente a 9 plantões, isso enfermeiros e técnicos de enfermagens, só que os médicos são aprovados, passa poucos meses, pedem demissão. Por isso, ficamos com um déficit sempre de profissionais;E infelizmente,os municípios não investem na saúde, como deveria.Tem inúmeros municípios que não tem um laboratório de 24hs,que não tem Raio X, e com isso, encaminha todos os pacientes para o HRTM.E nós não vamos ser irresponsáveis de não receber, pois diante de uma regulação via telefone, vc não sabe se o pte ´tem uma dor precordial ou se não é somente gases.Eu acho, que antes de apontar para A ou B, deveríamos cobrar dos SRs Prefeitos, a cota obrigatória da saúde se realmente ela está sendo investida de forma responsável na saúde;Se isso acontecer, com a regulação sendo feita de forma responsável, com certeza a demanda do HRTM diminuiria.

  2. naide rosado diz:

    Carlos.
    Isto é o que tento dizer desde o início. Aguardo a ajuda dos “universitários” para copiar aquele anexo.
    Veja, amigo, suponhamos que fossem contratados cinco médicos, uma hipótese, para o HRTM. Demonstra o Dr. Valmiro Silveira, em seu relato ponderado, que a Sala de Recuperação Anestésica e Cirúrgica, com capacidade para 4 pacientes, está com 14. Num pensamento rápido, suponhamos que os médicos estrangeiros fossem contratados. Onde abrigariam estes onze pacientes? Nos braços ? Pq, a migração de tantos pacientes para o HRTM? A resposta está, logo abaixo, com Josodete Soares quando aponta a existência de inúmeros municípios sem Laboratórios , nem, ao menos, Raio X. O nome disto é AUSÊNCIA DE INFRAESTRUTURA. E o problema é NACIONAL. Sem equipamento, sem suporte, o médico não pode trabalhar e obter bons resultados. Então, em primeiro lugar,e com realce, vamos atrás das condições para o exercício da profissão médica , depois vamos validar os diplomas estrangeiros e, após estas providências ,talvez possamos falar numa ATENÇÃO À SAÚDE. A notícia bombástica da contratação médicos estrangeiros como solução para o problema da Saúde no Brasil foi de visão extremamente frágil. Salvo se o governo pensa em importar Xamãs, especialistas que recorrem a forças sobrenaturais para realizar rituais de cura, Magos, Pajés.
    Obrigada, Carlos.
    Naide

  3. Hélio Silva diz:

    E as autorídades públicas e os detentores de mandatos políticos vai ou não vai se manifestarem diante de tão graves denúncias e tamanho descalabro no HRTM?

    Mais uma vez a pergunta.

    Por que se calam?

    A quem temem?

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Helio
      O problema não é A QUEM TEMEM.
      O PROBLEMA É QUE NÃO TEMEM NINGUÉM.
      Não dão satisfação de nada.
      Nem a Lei da Transparência cumprem.
      E olhe que é uma LEI.
      ///
      Você já ligou para o 0800 61 61 61 reclamando da não distribuição do fardamento escolar?
      Ligue e ajude seu filho a receber o uniforme escolar e o material didático.
      Só depende de você.

      • Inácio Augusto de Almeida diz:

        Você de qualquer cidade de qualquer estado pode ligar para o 0800 61 61 61 se o uniforme escolar ainda não foi entregue ou se a merenda escolar for de baixa qualidade.
        E pode denunciar qualquer problema na saúde através da ouvidoria do SUS ou do FALE COM A PRESIDENTA.
        O tempo de se engolir tudo calado já passou.
        Todas as denúncias são feitas em caráter sigiloso.
        Não há o que temer.
        Jamais eles saberão quem fez a denúncia.
        A Lei da Transparência já está valendo para TODOS os municípios.
        Você tem o direito de saber quanto a sua cidade recebeu do FUNDEB, DO SUS.
        Todo o dinheiro recebido pelo município tem que constar no Portal da Transparência.
        É LEI.
        Todos os gastos tem que constar do Portal da Transparência.
        É LEI.
        ////
        Você já ligou para o 0800 61 61 61 reclamando da não distribuição do fardamento escolar?
        Ligue e ajude seu filho a receber o uniforme escolar e o material didático.
        Só depende de você.

  4. naide rosado diz:

    Carlos…Em tempo: parece que o Governo Federal vai acenar com novas propostas. Aguardo. Espero que os demais web leitores que estão contribuindo com sugestões , em nossa página democrática, continuem atentos. Quem sabe construímos a ideia perfeita cada um com sua opinião, sempre para o melhor.
    Abraços, Naide.

  5. lUIZ CARLOS diz:

    A DIREÇÃO DO TARCISIO MAIA SABIA QUE RUTH CIARLINE NAO ESTAVA DANDO PLANTÕES. MAS ENQUANTO ISSO FICAM CORTANDO PLANTOES DE QUEM PRECISA.

    MINISTERIO PUBLICO VAI DAR AS CARAS NAO?

    HIPOCRISIA E FALTA DE VERGONHA JUNTOS.

  6. chagas nascimento diz:

    O Hospital Regional Tarcísio Maia foi o último hospital público construído em Mossoró; inaugurado no dia 10 de Maio de 1986 pelo então Governador José Agripino com o nome de Tancredo Neves. Passados 27 anos, o que se viu foi se fechar um monte de hospitais particulares na cidade. Diante desta situação, não poderia acontecer outra coisa: superlotação, caos, e atendimentos precário e desumano no nosso Hospital Regional.
    Uma pessoa amiga me falou uma vez: se eu precisasse de atendimento de emergência em Mossoró, embora tendo plano de saúde, não tivesse dúvidas, procurasse o Tarcísio Maia, que é o local apropriado para este tipo de ocorrência em nossa cidade.
    OBS: Não estou criticando o Hospital, nem os seus servidores. Já estive lá, em visita, e saí chocado com as condições precárias que os mesmos trabalham. Todos merecem o nosso respeito.

  7. lauro lucio diz:

    Eu vejo muito falar em responsabilizar os municípios por falta de gestões na saúde e o uso indiscriminado da ambulancioterapia no setor de saúde, empurrando o problema para os municípios de maior porte. Precisamos responsabilizar cada agente público por suas obrigações e fazer com que a gestão compartilhada seja realmente efetivada.

  8. Junior diz:

    Na verdade no interior não existe atendimento de qualidade na atenção básica, muito menos na média complexidade, são poucos municípios que contribuem de verdade para a saúde da população local (e regional). A falha vem da falta de responsabilidade dos gestores, da descontinuidade administrativa e enfase na “ambulacioterapia” em vez da medicina preventiva, enfim, falta empenho e consciência de todos nesse sentido. O MELHOR seria se reunirem, estabelecerem metas e buscar FORMAS de CUMPRI-LAS (via MS e outras instituições). Incentivar a atuação dos conselhos e chamar a população efetivamente para a discussão do assunto em ambientes propícios, como nas escolas. Somente assim (talvez) possamos esperar algum avanço de verdade.

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