Carlos Santos, boa noite.
Nesses 38 anos de profissão e plantão em anestesiologia nunca me deparei com o que estou vendo agora.
A sala de recuperação anestésica e cirúrgica se encontra com 14 pacientes quando a da capacidade é só para 4.
Estou me referindo ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró.
Lembra um verdadeiro campo de concentração.
E os “gestores” da Saúde?
É uma cena deprimente que infelizmente está aí.
Valmiro Silveira – Webleitor e anestesiologista
* Mensagem recebida pelo Blog um pouco antes das 23 horas desse sábado (25).
Realmente o HRTM a cada dia que passa a demanda aumenta assustadoramente.Necessitamos sim de aumentar a estrutura do HRTM, mas para isso precisamos de Recursos humanos;Eu trabalho no HRTM há 24 anos, o que eu estou vendo é que os profissionais que estão entrando deste último concurso, estão optando por carga horária reduzida(108hrs) equivalente a 9 plantões, isso enfermeiros e técnicos de enfermagens, só que os médicos são aprovados, passa poucos meses, pedem demissão. Por isso, ficamos com um déficit sempre de profissionais;E infelizmente,os municípios não investem na saúde, como deveria.Tem inúmeros municípios que não tem um laboratório de 24hs,que não tem Raio X, e com isso, encaminha todos os pacientes para o HRTM.E nós não vamos ser irresponsáveis de não receber, pois diante de uma regulação via telefone, vc não sabe se o pte ´tem uma dor precordial ou se não é somente gases.Eu acho, que antes de apontar para A ou B, deveríamos cobrar dos SRs Prefeitos, a cota obrigatória da saúde se realmente ela está sendo investida de forma responsável na saúde;Se isso acontecer, com a regulação sendo feita de forma responsável, com certeza a demanda do HRTM diminuiria.
Carlos.
Isto é o que tento dizer desde o início. Aguardo a ajuda dos “universitários” para copiar aquele anexo.
Veja, amigo, suponhamos que fossem contratados cinco médicos, uma hipótese, para o HRTM. Demonstra o Dr. Valmiro Silveira, em seu relato ponderado, que a Sala de Recuperação Anestésica e Cirúrgica, com capacidade para 4 pacientes, está com 14. Num pensamento rápido, suponhamos que os médicos estrangeiros fossem contratados. Onde abrigariam estes onze pacientes? Nos braços ? Pq, a migração de tantos pacientes para o HRTM? A resposta está, logo abaixo, com Josodete Soares quando aponta a existência de inúmeros municípios sem Laboratórios , nem, ao menos, Raio X. O nome disto é AUSÊNCIA DE INFRAESTRUTURA. E o problema é NACIONAL. Sem equipamento, sem suporte, o médico não pode trabalhar e obter bons resultados. Então, em primeiro lugar,e com realce, vamos atrás das condições para o exercício da profissão médica , depois vamos validar os diplomas estrangeiros e, após estas providências ,talvez possamos falar numa ATENÇÃO À SAÚDE. A notícia bombástica da contratação médicos estrangeiros como solução para o problema da Saúde no Brasil foi de visão extremamente frágil. Salvo se o governo pensa em importar Xamãs, especialistas que recorrem a forças sobrenaturais para realizar rituais de cura, Magos, Pajés.
Obrigada, Carlos.
Naide
E as autorídades públicas e os detentores de mandatos políticos vai ou não vai se manifestarem diante de tão graves denúncias e tamanho descalabro no HRTM?
Mais uma vez a pergunta.
Por que se calam?
A quem temem?
Helio
O problema não é A QUEM TEMEM.
O PROBLEMA É QUE NÃO TEMEM NINGUÉM.
Não dão satisfação de nada.
Nem a Lei da Transparência cumprem.
E olhe que é uma LEI.
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Você já ligou para o 0800 61 61 61 reclamando da não distribuição do fardamento escolar?
Ligue e ajude seu filho a receber o uniforme escolar e o material didático.
Só depende de você.
Você de qualquer cidade de qualquer estado pode ligar para o 0800 61 61 61 se o uniforme escolar ainda não foi entregue ou se a merenda escolar for de baixa qualidade.
E pode denunciar qualquer problema na saúde através da ouvidoria do SUS ou do FALE COM A PRESIDENTA.
O tempo de se engolir tudo calado já passou.
Todas as denúncias são feitas em caráter sigiloso.
Não há o que temer.
Jamais eles saberão quem fez a denúncia.
A Lei da Transparência já está valendo para TODOS os municípios.
Você tem o direito de saber quanto a sua cidade recebeu do FUNDEB, DO SUS.
Todo o dinheiro recebido pelo município tem que constar no Portal da Transparência.
É LEI.
Todos os gastos tem que constar do Portal da Transparência.
É LEI.
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Você já ligou para o 0800 61 61 61 reclamando da não distribuição do fardamento escolar?
Ligue e ajude seu filho a receber o uniforme escolar e o material didático.
Só depende de você.
Carlos…Em tempo: parece que o Governo Federal vai acenar com novas propostas. Aguardo. Espero que os demais web leitores que estão contribuindo com sugestões , em nossa página democrática, continuem atentos. Quem sabe construímos a ideia perfeita cada um com sua opinião, sempre para o melhor.
Abraços, Naide.
A DIREÇÃO DO TARCISIO MAIA SABIA QUE RUTH CIARLINE NAO ESTAVA DANDO PLANTÕES. MAS ENQUANTO ISSO FICAM CORTANDO PLANTOES DE QUEM PRECISA.
MINISTERIO PUBLICO VAI DAR AS CARAS NAO?
HIPOCRISIA E FALTA DE VERGONHA JUNTOS.
O Hospital Regional Tarcísio Maia foi o último hospital público construído em Mossoró; inaugurado no dia 10 de Maio de 1986 pelo então Governador José Agripino com o nome de Tancredo Neves. Passados 27 anos, o que se viu foi se fechar um monte de hospitais particulares na cidade. Diante desta situação, não poderia acontecer outra coisa: superlotação, caos, e atendimentos precário e desumano no nosso Hospital Regional.
Uma pessoa amiga me falou uma vez: se eu precisasse de atendimento de emergência em Mossoró, embora tendo plano de saúde, não tivesse dúvidas, procurasse o Tarcísio Maia, que é o local apropriado para este tipo de ocorrência em nossa cidade.
OBS: Não estou criticando o Hospital, nem os seus servidores. Já estive lá, em visita, e saí chocado com as condições precárias que os mesmos trabalham. Todos merecem o nosso respeito.
Eu vejo muito falar em responsabilizar os municípios por falta de gestões na saúde e o uso indiscriminado da ambulancioterapia no setor de saúde, empurrando o problema para os municípios de maior porte. Precisamos responsabilizar cada agente público por suas obrigações e fazer com que a gestão compartilhada seja realmente efetivada.
Na verdade no interior não existe atendimento de qualidade na atenção básica, muito menos na média complexidade, são poucos municípios que contribuem de verdade para a saúde da população local (e regional). A falha vem da falta de responsabilidade dos gestores, da descontinuidade administrativa e enfase na “ambulacioterapia” em vez da medicina preventiva, enfim, falta empenho e consciência de todos nesse sentido. O MELHOR seria se reunirem, estabelecerem metas e buscar FORMAS de CUMPRI-LAS (via MS e outras instituições). Incentivar a atuação dos conselhos e chamar a população efetivamente para a discussão do assunto em ambientes propícios, como nas escolas. Somente assim (talvez) possamos esperar algum avanço de verdade.