Alô, prefeito Álvaro Dias (MDB).
Vamos botar o ouvido no chão para captar a insatisfação dos moradores da Zona Norte com a programação da folia no outro lado do Potengi.
Os foliões indagam se há duas cidades entre o rio, uma com grandes shows de artistas nacionais e outra com, no máximo, o Grafith.
Nota do Blog Carlos Santos – É procedente a queixa e visível a discriminação. Na verdade, existe uma Natal para turistas e de maior projeção e outra esquecida, tratada como rebotalho – a Zona Norte.
A programação carnavalesca documenta esse apartheid que Natal não camufla nem mesmo em meio à alegria de momo.
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É verdade e tem mais, a discriminação não é só com o outro lado do Potengi. Não. A Praia do Meio é do lado de cá e abandonada. O poder público não dá à Praia do Meio um décimo da atenção com que trata Ponta Negra. Separadas pela via costeira. A “mudança” do plano diretor tem por objetivo original “elitizar”, no mau sentido, a Praia do Meio. Discrimina para desvalorizá-la, depois vender a preço de banana os imóveis da área para edificação de espigões.
Da mesma forma que a Reta Tabajara segrega dois RN’s, o Rio Potengi separa a Natal linda, maravilhosa, quase perfeita e “exportada” além fronteiras e a discriminada ZN, esquecida e maltratada pelo poder público até mesmo nessa tradicional festa popular!
Nós, aqui do outro lado da Reta Tabajara, sabemos bem o que é isso! Por isso, esse tipo de discriminação não é novidade nem nos assusta!
Assim como o RN, nossa capital também sabe o que é ser dois dentro de um!