O presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China (CCDIBC), Fábio Hu, e o diretor de Relações Institucionais, Ulisses Vega, desembarcaram no Recife (PE) no último domingo (29) para cumprir agenda de reuniões pelo Nordeste com produtores de frutas.
Já nesta terça-feira (31) chegaram em Mossoró (RN), local de onde saiu a primeira carga oficial de melão do país para China. Nesta quarta-feira (1), a comitiva visita a Fazenda YPÊ, em Upanema (RN), permanecendo em Mossoró até a quinta-feira (2).
A visita também servirá para discutir estratégias para o embarque de um novo contrato comercial entre Brasil e China. Por conta da pandemia de covid-19 e da interrupção do tráfego no Canal de Suez, no Egito, rota fundamental entre os continentes europeu e asiático, em março deste ano, o fluxo de cargueiros ficou comprometido e o atraso nos portos da China passam dos 50 dias.
Exportação
A CCDIBC vem atuando no Rio Grande do Norte por intermédio da R2MD Consultoria Empresarial, representante da Câmara no Nordeste. No estado, a fazenda-modelo é a Agropecuária Vitamais, pioneira na exportação de melão para o continente asiático.
O melão potiguar foi a primeira fruta fresca a ser exportada para a China graças ao acordo de bilateralidade assinado em novembro de 2019, em reunião de cúpula dos Brics (agrupamento de países de mercado emergente que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
“A China consome o equivalente a metade da produção mundial de melões. Isso significou só em 2017 cerca de 17 milhões de toneladas. Tem muito espaço a ser conquistado, principalmente na entressafra, com o inverno chinês se aproximando”, destacou Rafael Martins, sócio-diretor da R2MD.
“O país não consegue produzir por causa das temperaturas muito baixas, aumentando assim a procura pela exportação, mas para isso, os produtores interessados precisam respeitar os protocolos exigidos, a qualidade da produção, inclusive dentro das normas contra pragas da cultura, a exemplo da conhecida como mosca-das-frutas”, acrescenta Rafael Martins.
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O potencial de crescimento da fruticultura é gigantesco. E fruticultúra gera empregos.
Mais postos de trabalho, menos pobreza.
Poderiam aproveitar para mostrar ao represenante da China o nosso queijo, castanha de caju, mel de abelha, camarão, filé de tilápia etc.
A China pode nos comprar muito mais do que melão e melancia.
É a China comunista gerando emprego e renda no país capitalista que não tem competência para o mesmo. Que coisa, não ????
A China optou por mudar sua economia da primaria (agricultura, pecuária e extração vegetal e mineral), para a secundária (indústria) e terciária (serviços). Hoje é o 2o pais mais rico do mundo e muito em breve ultrapassará os EUA em tal posto.
O Brasil insiste em manter sua matriz econômica no setor primário, que emprega pouca gente se comparado aos outros setores, cuja mão de obra é majoritariamente de pouca especialização (e também pouca remuneração), o que contribui para manter o quadro de extrema desigualdade social do país.
Em resumo, trocamos algumas milhares de toneladas de soja por um punhado de computadores. Autodestruímos o futuro do país ao degradar o meio ambiente que sustenta a nossa economia, que precisa desse mesmo meio ambiente.
“Mas a China, os EUA, o MUNDO precisa de nós!” Só enquanto ainda tiver água e nutrientes no solo. Quando acabar, tem a África bem alí. E adivinhe quem é o maior parceiro comercial de praticamente todos os países da África? Sim, China.
NOTA DO BLOG – Análise absolutamente perfeita, em minha ótica. Com cerca de 1,400 bilhão de habitantes, seis por cento de área agricultável, o regime chinês desde o fim dos anos 70 cresce continuamente em patamares abissais e não pode parar. A gente continua vivendo de commodities, abrindo as portas a invasão da quinquilharia chinesa, testemunhando crescente desemprego e a distância diluviana entre pobres (muitos) e poucos ricos.
Abraços
Tudo isto acontece por conta da falência da EDUCAÇÃO.
Enquanto permitirem que o dinheiro da EDUCAÇÃO seja furtado por corruptos o quadro vai piorar.
. Punir com rigor os corruptos, China já está fazendo isto, é a única maneira de educar nosso povo.
No teatro da vida real, o brasileiro, crente que tá abafando, crentizin que é o artista, está fazendo o papel do peão. Fato, fato e fato.
E vivas a quem teve condições de estudar e hoje desenvolve tecnologia para peões ficarem de boca aberta.
– Tô mentindo, Zé Matuto?
– Tá naum.