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terça-feira - 28/08/2018 - 01:02h
FM 98.9/Consult

Styvenson lidera disputa ao Senado mas quadro é embolado

A corrida ao Senado da República promete ser bem emocionante. As duas vagas em jogo estão sendo disputadas freneticamente por pelo menos quatro candidatos, com resultado final podendo ser surpreendente.

Na terceira pesquisa de uma série encomendada pela FM 98.9 do Natal ao Instituto Consult, divulgada à noite dessa segunda-feira (27), a concorrência é entre os candidatos Capitão Styvenson Valentim (REDE), Garibaldi Filho (MDB), Zenaide Maia (PHS) e Geraldo Melo (PSDB).

O nome de Styvenson vai se firmando como primeiro colocado na soma dos dois votos, ao atingir 29,82% na Estimulada. É seguido pelo atual senador Garibaldi Filho que alcançou 23,71%. Logo atrás está a deputada federal Zenaide Maia (PHS) com 16,29%. O ex-senador Geraldo é o quarto colocado com 16,06%. O deputado federal Antônio Jácome (Podemos) surge bem atrás com 4,47%.

Pesquisas anteriores

Na pesquisa anterior divulgada no dia 3 de agosto, na soma dos dois votos ao Senado o atual senador Garibaldi Filho teve 12,5%, levando pequena vantagem em relação ao segundo colocado, o Capitão Styvenson Valentim, que somou 10,79% nos dois votos.

O terceiro colocado foi o ex-senador Geraldo Melo com 8,3%. Zenaide Maia despontou na quarta posição com 7,94%.

Já 36,06% dos ouvidos disseram Nenhum dos candidatos e 16,5% Não Souberam ou não quiseram responder, ou seja, estariam Indecisos.

Na primeira pesquisa (veja AQUI) publicada no dia 1º de julho, Garibaldi tinha 10,2% e Zenaide era a segunda colocada com 9% (perdeu duas posições).

O Capitão Styvenson aparecia com 8,76% em julho, na terceira posição, passando agora para o segundo lugar numericamente. O quarto era Geraldo Melo com 5,59%, agora em terceiro lugar.

Nenhum somou 37,23% e Indecisos 18,5%. Outros nomes não passaram de 1%, na verdade, 0,09%

Espontânea

Na pergunta Espontânea quanto à escolha ao Senado, o resultado apontou que 68,5% Não Sabem (Indecisos) e 17, 7% dos ouvidos disseram Nenhum. A soma dá 86,2% de eleitores sem candidato até o momento.

Styvenson está com 6%, Garibaldi com 3,5% e Zenaide somou 3,4%. Já Geraldo Melo teve 2,3% e Antônio Jácome com 0,9%.

Rejeição

O campeão de rejeição é Garibaldi Filho com 19,5%. Em segundo lugar está Geraldo Melo com 11,4%. Zenaide tem 6,4% e Antônio Jácome totaliza 3,2%.

Styvenson outra vez surge em excelente posição, com apenas 1,5% de rejeição.

A pesquisa de foi encomendada pela FM 98.9 do Natal ao Instituto Consult, com os registros TSE: RN-03828/2018 e BR-01088/2018.

Foram ouvidas 1.700 pessoas entre os dias 22 e 25 de agosto em todas as regiões do estado. A margem de erro é de 2,3% com índice de confiabilidade de 95%.

Veja AQUI detalhes das duas primeiras pesquisas FM 98.9/Consult

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segunda-feira - 27/08/2018 - 23:58h
Pensando bem...

Pensando bem…

“Quem não aumenta os seus conhecimentos, diminui-os.”

Textos Judaicos

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segunda-feira - 27/08/2018 - 23:34h
FM 98.9/Consult

Fátima vence em Natal, Mossoró e em todas as regiões

Se a eleição ao Governo do Estado fosse hoje (segunda-feira, 27), a senadora Fátima Bezerra (PT) venceria o pleito nos dois maiores colégios eleitorais do estado, Natal e Mossoró. Tem mais: em todas as regiões pesquisadas.

É o que mostra a pesquisa FM 98.9/Instituto Consult, que foi apresentada à noite de hoje por essa emissora de rádio natalense.

Em ambos municípios, ela no momento tem dianteira sobre seus adversários. Em Natal há empate técnico,  não obstante vantagem numérica

Em Natal, Fátima somaria 24,7% contra 22,9% de Carlos Eduardo Alves (PDT), ex-prefeito natalense.

Já o governador Robinson Faria (PSD) ficaria com apenas 9,7% dos votos.

Quanto a Mossoró, os números são mais vantajosos para a senadora: Fátima Bezerra empalma 23.3%, contra 11,7% de Carlos Eduardo Alves e 7,5% de Robinson Faria.

Em relação à capital, o número de eleitores sem candidatos chega a 41,5% (Nenhum e Não Sabe). No tocante a Mossoró, a indefinição é maior, totalizando 55,8%.

Dois prefeitos

Importante ser assinalado, que nos dois colégios eleitorais o candidato Carlos Eduardo Alves tem apoiadores nas respectivas prefeituras. Em Natal, o seu sucessor Álvaro Dias (MDB); em Mossoró, a prefeita Rosalba Ciarlini (PP), mãe do seu vice Kadu Ciarlini (PP).

Natal soma 557.478 eleitores e Mossoró 174.189, em 2018.

No âmbito estadual, são 2.373.619 eleitores espalhados em 167 municípios.

A pesquisa de hoje foi encomendada pela FM 98.9 do Natal ao Instituto Consult, com os registros TSE: RN-03828/2018 e BR-01088/2018.

Foram ouvidas 1.700 pessoas entre os dias 22 e 25 de agosto em todas as regiões do estado.

A margem de erro é de 2,3% com índice de confiabilidade de 95%.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 22:48h
FM 98.9/Consult

Governo Robinson Faria mantém alta desaprovação ‘intacta’

Pelo menos 77,18% dos eleitores potiguares Desaprovam o Governo Robinson Faria (PSD).

É o que apontou a Pesquisa FM 98.9/Instituto Consult, divulgada à noite desta segunda-feira (27). Na série de três pesquisas realizadas pelo Consult sob contratação dessa emissora, a desaprovação do governo se mantém em alta e ‘intacta’.

Veja no boxe abaixo:

Na pesquisa anterior (veja AQUI), divulgada em 3 de agosto, o resultado foi o seguinte:

Dos ouvidos, 76,88% Reprovaram a gestão e 12,41% a Aprovaram.

Já 10,71 % não souberam responder.

Pesquisa de 1º de julho

A primeira pesquisa da série, divulgada no dia 1º de julho pela mesma parceria, atestava que 74,35% dos eleitores do RN desaprovavam o Governo Robinson Faria.

Apenas 12,94% aprovavam e e 12,71% não souberam responder.

A pesquisa de hoje foi encomendada pela 98.9 ao Instituto Consult, com os registros TSE: RN-03828/2018 e BR-01088/2018. Foram ouvidas 1.700 pessoas entre os dias 22 e 25 de agosto em todas as regiões do estado.

A margem de erro é de 2,3% com índice de confiabilidade de 95%.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 27/08/2018 - 22:20h
FM 98.9/Consult

Terceira pesquisa tem Fátima à frente sem ser incomodada

A FM 98.9 do Natal divulgou à noite desta segunda-feira (27), mais uma rodada de pesquisas eleitorais. Os números apontam intenções de voto à disputa deste ano no RN.

O trabalho do Instituto Consult apresentou o seguinte resultado ao Governo na Estimulada:

Fátima Bezerra (PT) – 29,82% (na pesquisa anterior, do dia 3 de agosto, Fátima tinha 28,06%. Já em 1º de julho somou 26,06%);

Carlos Eduardo Alves (PDT) – 15,88% (em 3 de agosto era 16,53% e na pesquisa de 1º de julho teve 16,06%);

Robinson Faria (PSD) – 9,71% (em 3 de agosto foi somou 9,59% e em julho atingiu 9,47%.

Os Indecisos nesta pesquisa são 16,18%. Foram 9,82% na sondagem do dia 3 e 13,12% na de 1º de julho.

Nenhum nesta pesquisa é de 26%. Antes foi de 33,35% em 3 de agosto e chegou a 31,71% em 1º de julho.

Importante assinalar que 42,18% dos eleitores não possuem candidatos (Nenhum e Indecisos).

Rejeição

Em termos de rejeição, o que ostenta o maior percentual é o atual governador Robinson Faria, com 37,1%. Fátima Bezerra fica em segundo lugar com 9,7% e Carlos Eduardo Alves é o terceiro com 8,4%.

A pesquisa foi registrada sob os números TSE RN-03828/2018 e BR-01088/2018. Foram ouvidas 1.700 pessoas entre os dias 22 e 25 de agosto em todas as regiões do estado. A margem de erro é de 2,3% com índice de confiabilidade de 95%.

Veja mais detalhes sobre a pesquisa anterior, veiculada dia 3 de julho, clicando AQUI.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 16:45h
Plano de Governo

“Colar” é feio, professora Fátima Bezerra

A candidata do PT ao governo do RN, senadora Fátima Bezerra, plagiou o programa de governo que Wellington Dias (PT), governador do Piauí, cadastrou em 2014 para disputar a eleição daquele estado.

O documento apresentado por Fátima aos potiguares traz promessas ao povo do RN, exatamente como consta no texto de Wellington. O material da senadora ainda guarda semelhança em sua estrutura com o documento do correligionário do Piauí.

A denúncia foi postada no Blog do BG nesse domingo (26).

Trecho do programa de governo de Fátima é cópia até no padrão estético do governador do Piauí

Através de sua assessoria de imprensa, a senadora Fátima Bezerra explicou a situação.

“Abraçamos propostas já comprovadamente eficientes que atendem aos anseios e necessidades identificadas nos nossos seminários e nas nossas consultas. O PT, não só do Piauí, tem inúmeros ‘cases’ de sucesso. Nós governamos municípios e governos e o país por 13 anos…. Vocês acham que podemos ignorar essa experiência? Claro que não. Nós temos é que nos inspirar em bons exemplos para fazer o modelo para o RN funcionar”, disse a candidata.

Nota do Blog – “Colar” é feio, professora Fátima Bezerra. Essa situação é no mínimo vexatória.

Meu temor é de que a falta de imaginação, acrescida de preguiça para pelo menos repaginar o layout de “propostas já comprovadamente eficientes”, possa ser presságio de um mau governo, numa eventual eleição.

Inclino-me à oração, a pouca que sei, para clamar que não.

Que os anjos da boca mole digam amém!

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segunda-feira - 27/08/2018 - 15:12h
Pesquisa

Fátima segue em 1º lugar; Capitão Styvenson assume dianteira

Corrida ao Governo do RN não tem maior alteração, mas ao Senado nome do Rede atropela adversários

O Blog do BG publica nesta segunda-feira (27) pesquisa  do Instituto Seta do Natal, focalizando disputa ao Governo do Estado e Senado da República.

Veja os números abaixo, num comparativo entre a pesquisa de hoje e a anterior (8 de agosto).

Governo do Estado:

A senadora Fátima Bezerra (PT) subiu numericamente de 25,5% para 26% na sondagem divulgada em 8 de agosto.

O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) oscilou para baixo, mas também dentro da margem de erro. Saiu de 14,7% para 13%. Segue em segundo lugar.

O governador Robinson Faria manteve a terceira posição, mas com elevação dentro da margem de erro. Andou de 8,7% para 10%.

Senado:

Com relação ao Senado da República, a soma do primeiro e segundo votos dá o Capitão Styvenson Valentim (REDE) na dianteira. Ele alcançou 21% das intenções de voto e é o primeiro colocado.

No dia 8, a pesquisa Seta tinha lhe conferido o terceiro lugar com 16,3%.

Em segundo aparece Zenaide Maia (PHS) com 14%. Na sondagem passada ela tinha 16,5% e a mesma segunda posição, descendo um pouco agora.

O senador Garibaldi Filho (MDB) está em terceiro com 13%, empatado tecnicamente com Zenaide Maia. Ele tinha 16,6% em agosto, e o primeiro lugar. Portanto caiu.

O ex-senador Geraldo Melo (PSDB) vem bem atrás com 9%. Em relação à outra pesquisa praticamente ficou inalterado, pois tinha empalmado 9,2% com a mesma posição de agora.

A pesquisa do instituto Seta (contratada pelo Blog do BG) ouviu 1.300 entrevistados de todas as regiões do Estado entre os dias 18 e 20 de agosto. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%. Os dados estão registrados na Justiça Eleitoral sob os protocolos RN-05667/2018 e BR-00927/2018.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 14:30h
COLUNA DO HERZOG

Quando setembro chegar

Por Carlos Santos

O governador Robinson Faria (PSD) tem um considerável acervo de realizações no estado, apesar de estar imerso numa crise superlativa, arrastado por uma conjuntura nacional muito desfavorável. O que mais lhe asfixia eleitoralmente é o peso de atrasos salariais por tanto tempo, desde janeiro de 2016 (veja AQUI).

Se estivesse com esse compromisso em dia, seria naturalmente um fortíssimo candidato à reeleição. O governador não possui adversários de grande apelo popular, está sentado na máquina pública e tem vasta vivência na política.

Até mesmo a violência urbana em níveis nunca antes vistos seria um problema menor, se a folha fosse atualizada.

Vejamos o caso do Ceará, onde o governador Camilo Santana (PT) tem 64% de intenções de voto à reeleição (veja AQUI), mesmo seu estado tendo se transformado num paraíso das facções criminosas.

O discurso recente levantado por Robinson Faria, que já invadiu o período de campanha, é de ter sido vítima de boicote de parte da bancada federal em Brasília, criando óbice à liberação de recursos à atualização salarial.

Até aqui, o governador segue com essa pregação, sem que supostos envolvidos o contraponham oficialmente. Estranho, muito estranho.

Estranho, também, que o governador tenha esperado esse momento eleitoral para denunciar esse suposto boicote.

A campanha promete, promete fortes emoções, quando setembro chegar.

PRIMEIRA PÁGINA

Candidata Fátima Bezerra pode ter campanha emperrada em momento crucial – Muitas queixas se avolumam entre membros de chapas proporcionais da campanha ao Governo do Estado da senadora Fátima Bezerra (PT). Sejamos claros: faltam recursos elementares para que as campanhas andem, para o operacional, garroteando movimentações e expansão de nomes e apoio à própria chapa majoritária ao Governo e Senado. Olhe que ainda nem chegamos à reta final de setembro. Recursos do Fundo Partidário (FP) e Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) vão aparecer quando mesmo? Ou é só para uma “panelinha”? Fui claro? Mexam-se.

Bernardo Rosado: participação (Foto: Jornal de Fato)

Segundo suplente com fôlego de futuro candidato – O médico Bernardo Rosado (PP) parece que tomou gosto pela política, apesar de em toda a sua vida ter presença em campanhas de forma mais discreta, por trás das cortinas. Ele tem participado regularmente de mobilizações políticas em Mossoró e em endereços vizinhos, na campanha da chapa Carlos Eduardo Alves (PDT)-Kadu Ciarlini (PP). Talvez se enxergue bem mais do que na segunda suplência do senador Garibaldi Filho (MDB).

Começou a temporada de pesquisas falsas em redes sociais – As redes sociais, principalmente grupos de WhatsApp, estão cheias de pesquisas sem registro algum. Provavelmente, nem pesquisas são. Divulgar esse tipo de material pode trazer aborrecimentos a seus responsáveis a quem o repassa. Só um alerta.

Articulação para apoio político tem origem muito clara – Setores da imprensa, a partir de Natal, estão espalhando uma informação equivocada sobre apoio de Bernardo Amorim (Avante), candidato a deputado estadual, médico e ex-prefeito de Almino Afonso. Não é de hoje ou foi do último final de semana que ele está ao lado do governador Robinson Faria (PSD). A costura política foi desenhada e executada pelo deputado federal Fábio Faria (PSD). O Blog Carlos Santos noticiou esse jogo de bastidores na Coluna do Herzog do dia 30 de julho. Colégios eleitorais têm sido destinados a ele em outras regiões para viabilizar sua eleição. Mas domingo (26), ele misturou-se à caravana de Carlos Eduardo Alves (PDT) em Baraúna, onde tem apoios à sua eleição. LeiaGrupo de prefeita muda de pré-candidato para não bater de frente com Robinson.

A convicção de Carlos Augusto Rosado – Aqui e ali, o líder do rosalbismo-rosadismo Carlos Augusto Rosado (PP) repete certa previsão com vigor dos mestres do ocultismo: “Kadu será vice-governador”. Seu filho Kadu Ciarlini (PP) é vice de Carlos Eduardo Alves (PDT).

O adversário de Zenaide Maia não é o Capitão Styvenson – Na luta por duas vagas ao Senado da República no RN, a disputa da deputada federal Zenaide Maia (PHS) não deve ser para desconstruir o Capitão Styvenson Valentim (REDE). Ele não é seu adversário. Seus principais contendores são Garibaldi Filho (MDB) e Geraldo Melo (PSDB), isso se formos analisar sua campanha sob o viés de um olhar de esquerdar, apresentando-se como alternativa às forças tradicionais. Styvenson já lhe deixou na poeira faz tempo.

Outro campeão de votos na presidência da Assembleia Legislativa – O presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira (PSDB), credencia-se para ser o campeão de votos na corrida eleitoral à Casa neste ano. Da mesma forma que ocorreu com o então presidente Ricardo Motta (PSB) em 2014, que obteve a marca superlativa de 80.249 votos (4,84%). Nada é por acaso.

Comício de Beco Estreito é o que não falta no RN – A campanha eleitoral de rua no Rio Grande do Norte remete-me ao poeta paraibano de Campina Grande, Jessier Quirino, com o seu poema “Comício de Beco Estreito”. Veja no vídeo acima. Não está fácil juntar gente em cidades maiores. Observamos muita moganga, poucos manifestantes, as promessas de sempre e o povo mais desconfiado que doido em cemitério.

Comunicação da Coligação Trabalho e Superação marca pontos – Entre os trabalhos que observo em termos de Comunicação (na abrangência do termo), a Coligação Trabalho e Superação do candidato Robinson Faria (PSD) tem apresentado bom desempenho. Produção, agilidade e conteúdo estão se destacando. Parabéns.

Horário eleitoral em rádio e televisão vai mexer com intenções de voto – Quando setembro chegar e com ele o horário eleitoral em rádio e televisão, teremos o tudo ou nada na luta pelo voto. Até o momento, as seguidas pesquisas revelam um cenário muito similar, sem oscilações, quase parando, estagnado, mas esse quadro vai ser alterado logo, logo. Pode aguardar.

EM PAUTA

CEI em Mossoró – O Colégio CEI (Centro de Educação Integrada) de Natal tem novos investidores e está com olhos voltados para Mossoró. No próximo ano poderá se instalar na cidade.

Comunicação – A nova edição da Quinta Jurídica, promovida pela Escola de Magistratura Federal do RN, acontecerá na próxima quinta-feira (30). Debaterá o tema Comunicação, inovação e tecnologia”.  As palestrantes serão a Diretora Jurídica da Federação Nacional das Agências de Propaganda, Helena Zoia, e a advogada empresarial e especialista em Tech Law Amanda Lima. Começa às 19h no auditório da Justiça Federal do RN (JFRN) em Natal.

Festim – O primeiro Festim deste ano do Festival Cultural e Gastronômico da Pipa será realizado nesta sexta-feira (31) no Hotel Pipa Lagoa, com o Chef Edu Rejala. De origem peruana, ele é reconhecido como “embaixador da gastronomia peruana no Brasil”. Mais informações: (84) 3246-4414.

Edu Rejala em Pipa (Foto: divulgação)

Rafael Fernandes – Será entre os dias 20 e 21 de outubro no centro da cidade, a Semana Cultural e Artística de Rafael Fernandes (SECARF), região Oeste do estado. Uma das atrações será Aline & Dayvid e banda.

Livro – O jornalista e escritor Flávio Rezende lançará seu novo livro, “Escritos da Alma”, às 10h30 do próximo domingo (2), literalmente ao pé do Morro do Careca em Ponta Negra, Natal. A publicação é um conjunto de crônicas do autor.

Wlademir Capistrano – Em Natal, prosa rápida com o magistrado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), Wlademir Capistrano. Ele é filho do ex-vice-prefeito de Mossoró, ex-deputado estadual e ex-reitor da Universidade do Estado do RN (UERN) Antônio Capitrano.

SÓ PRA CONTRARIAR

Pior do que a onda de fake news é a onda de analistas fakes, comentando sobre tudo aquilo que não conhece.

GERAIS… GERAIS… GERAIS…

Recomendo o “Flora Cafeteria”. Um lugar, descolado, tranquilão, com bom atendimento e produtos, na Avenida Rodrigues Alves, 443/A, em Petrópolis, Natal.

Obrigado à leitura do Nosso BlogSamir Albuquerque (João Pessoa),  Rô Medeiros (Natal) e  Franklin Filgueira (Fortaleza).

Veja a edição anterior da Coluna do Herzog (20/08) clicando AQUI.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 12:28h
Governo do RN

Frente Parlamentar define sabatina com cinco candidatos

Reunião sobre sabatina ocorreu semana passada (Foto: divulgação)

A Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Uern definiu a ordem de participação dos candidatos ao Governo do Estado, nas sabatinas sobre a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), com tema “UERN: educação e desenvolvimento”, de 10 a 14 de setembro, às 19h, no plenário da Câmara Municipal de Mossoró.

Conforme sorteio realizado no último dia 16, em reunião na OAB em Mossoró, com representantes de candidatos, a série de sabatinas começará com Breno Queiroga, dia 10; seguido de Carlos Aberto, dia 11; Carlos Eduardo, dia 12; data para o candidato Robinson Faria, dia 13; e Fátima Bezerra, dia 14.

Transmissão

As sabatinas serão transmitidas, ao vivo, por três emissoras de televisão e três de rádio: TV Câmara de Mossoró, TV Cidade Oeste e TV Mossoró; Rádio Rural de Mossoró, RPC de Mossoró e Caraúbas.

A transmissão levará o debate ao conhecimento das pessoas em Mossoró e diversos outros municípios do Estado.

Nota do Blog – Três outros candidatos não foram convidados para a sabatina: Heró Bezerra (PRTB), Freitas Júnior (Rede) e Dário Barbosa (PSTU).

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segunda-feira - 27/08/2018 - 11:32h
RN

Ex-deputado e mais 10 são denunciados por corrupção no Dnit

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-deputado federal João Maia (PR), candidato outra vez à Câmara Federal, na Coligação Trabalhos e Superação. Além dele, mais dez pessoas são denunciadas por envolvimento no esquema de corrupção que reunia (entre os anos de 2009 e 2010) integrantes da Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) no RN.

Os 11 foram alvo da Operação Via Trajana, realizada no último dia 31 de julho (veja AQUI) e que é um desdobramento da Operação Via Ápia, deflagrada em 2010.

Leia tambémJoão Maia estranha busca e apreensão em período eleitoral.

“(…) pelos elementos colhidos por meio dos acordos de colaboração celebrados e demais provas coligidas nessa fase da investigação, verificou-se, a bem da verdade, que João da Silva Maia era o verdadeiro chefe-mor de todo o esquema de corrupção operado no Dnit/RN”, destaca a denúncia do MPF.

Envolvidos

Além de João Maia, foram denunciados seu ex-assessor Flávio Giorgi Medeiros Oliveira, o “Flávio Pisca”; a ex-esposa e o ex-sogro do deputado, Fernanda Siqueira Giuberti Nogueira e Fernando Giuberti Nogueira; seu sobrinho Robson Maia Lins; Paulo César Pereira (irmão do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento); o engenheiro Alessandro Machado; além de pessoas que ajudaram no recebimento da propina, como Wellington Tavares, Hamlet Gonçalves e a ex-esposa e o irmão de Flávio Pisca, Cláudia Gonçalves Matos Flores e Carlos Giann Medeiros Oliveira.

A denúncia é resultado de um trabalho conjunto do MPF com a Polícia Federal (PF)l, Controladoria Geral da União9 CGU), Receita Federal (RF) e Tribunal de Contas da União (TCU), que contribuíram com informações fundamentais para desvendar como funcionava o esquema de corrupção no Dnit/RN.

De acordo com as provas colhidas, João Maia foi o principal beneficiário e atuou desde o princípio, indicando seu sobrinho Gledson Maia para a Chefia de Engenharia da autarquia e Fernando Rocha para a Superintendência. Os dois operavam a “troca de favores” com as empresas.

Confira os crimes atribuídos a cada denunciado:

João da Silva Maia – Peculato (art. 312 do Código Penal), corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do Código Penal), crimes contra licitações (art. 89, 90 e 92, caput, da Lei n.º 8.666/93); e lavagem de dinheiro (art. 1º, V e VII, e § 1º, I, da Lei n.º 9.613/98).

Wellington Tavares – Corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Fernanda Siqueira Giuberti Nogueira – Corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Fernando Giuberti Nogueira – Corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Flávio Giorgi Medeiros de Oliveira – Corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Robson Maia Lins – Corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Paulo César Pereira – Corrupção passiva e associação criminosa.

Carlos Giann Medeiros Oliveira – Corrupção passiva e associação criminosa.

Hamlet Gonçalves – Corrupção passiva e associação criminosa.

Cláudia Gonçalves Matos Flores – Corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Alessandro Machado – Corrupção ativa e associação criminosa.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 09:50h
ELEIÇÕES 2018

Juiz eleitoral impõe restrições sérias a Dison Lisboa

Dison Lisboa: STF já tomou decisão (Foto: AL)

Por decisão do juiz federal junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), Francisco Glauber Pessoa Alves, em atendimento a pleito da Procuradoria Regional Eleitoral  (PRE), o deputado estadual Dison Lisboa (PSD) sofre sérias restrições eleitorais.

O magistrado decidiu que o deputado não pode utilizar horário eleitoral gratuito que começará dia 31 em rádio e televisão, além de também frear o uso por ele do Fundo Partidário (FP) e Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o trânsito em julgado da decisão que condenou criminalmente o deputado estadual, à época ainda em que ele era prefeito de Goianinha na Grande Natal (veja AQUI).

Dison Lisboa tem seus direitos políticos cassados e não poderá concorrer nas eleições desse ano. Ele é líder do Governo Robinson Faria (PSD) na Assembleia Legislativa.

Desde o dia 4 de julho de 2017 que o deputado anda com tornozeleira eletrônica (veja AQUI).

Nota do Blog – No domingo (26), Dison anunciou apoio do seu grupo à reeleição de Ezequiel Ferreira, atual presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 08:02h
Eleições

Candidato a estadual recebe adversários no mesmo palanque

Do Blog Saulo Vale

A movimentação política (sábado, 25) no pequeno município de Almino Afonso (região Oeste do estado) revelou o apoio do ex-prefeito e candidato a deputado estadual Bernardo Amorim (Avante) a nomes que estão em palanques antagônicos.

O ex-prefeito é ligado historicamente ao grupo do senador Garibaldi Alves Filho (MDB), inclusive após a sua saída do ninho bacurau.

Na foto no alto, Bernardo fala com Walter (de verde); embaixo, com Tião e Vagner (Fotos: assessorias)

E mesmo com a decisão do Avante em seguir com o governador Robinson Faria (PSD), Bernardo ainda não tinha definido apoio para governo.

Para o governo, seguiu a orientação do partido e oficializou neste final de semana apoio ao governador. Na proporcional, já havia fechado com Walter Alves (MDB) à Câmara Federal e com Garibaldi Alves Filho (MDB) ao Senado.

No sábado em sua cidade, Bernardo colocou no mesmo palanque gente dos dois palanques antagônicos: Walter Alves e Tião Couto (PR), vice de Robinson. Claro que não se cruzaram.

Tião subiu no palanque, ao lado do secretário de Estado do Trabalho, Habitação e Assistência Social (SETHAS), Vagner Araújo. Depois, saiu e foi para movimentações políticas em outros municípios. Só aí que Walter Alves subiu no mesmo palanque.

Nota do Blog – O médico Bernardo Amorim está viabilizado à eleição. Claramente na disputa, graças a um intrincado jogo de bastidores, uma tessitura cheia de nuances que espalharam seu nome para bem além do Médio Oeste.

Esse balaio de gatos mostra a completa desfiguração do atual modelo político-partidário brasileiro. Para sobreviver ou despontar, a enorme maioria dos candidatos está fazendo verdadeiro contorcionismo.

Não podemos estranhar tantas dúvidas na cabeça do eleitor.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 07:30h
Eleições 2018

Três pesquisas estão registradas para o Rio Grande do Norte

Três pesquisas estão registradas para divulgação esta semana no Rio Grande do Norte.

Institutos Consult, Seta e Certus foram a campo na coleta de dados.

Consult e Seta apresentarão seus números nesse início de semana.

Já o Certus no próximo domingo.

Todos com impressões do início de campanha quanto à disputa eleitoral no âmbito do estado.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 27/08/2018 - 07:00h
RN

TRE vai empossar seus novos dirigentes sexta-feira

Glauber: presidência (Foto: Web)

Será na próxima sexta-feira (31), a posse dos novos dirigentes do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN).

O e vento acontecerá na própria sede do TRE, à Avenida Rui Barbosa, 215, bairro Tirol, em Natal.

Vão tomar posse os desembargadores Glauber Rêgo (presidente) e Cornélio Alves (vice-presidência e corregedoria regional eleitoral), para o exercício biênio 2018-2020.

Ambos foram indicados pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) no dia 16 de maio deste ano e eleitos no último dia 4 de julho.

O atual presidente é o desembargador Dilermando Mota como presidente e o desembargador Ibanez Monteiro ocupa a vice-presidência e Corregedoria Regional.como vice-presidente e corregedor regional eleitoral.

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segunda-feira - 27/08/2018 - 06:30h
Opinião

Sinonímia

Por François Silvestre

Racista, fascista e idiota são sinônimos? Não. Idiota merece respeito.

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Categoria(s): Opinião
domingo - 26/08/2018 - 23:58h

Pensando bem…

“Quando o meu amigo está infeliz, vou ao seu encontro; quando está feliz, espero por ele.”

Henri Amiel

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domingo - 26/08/2018 - 08:12h
Reportagem

A história esquecida do primeiro barão negro do Brasil

A biografia de Francisco Paulo de Almeida, que fez fortuna no Império e tinha centenas de escravos

Por Marcus Lopes (BBC News Brasil)

Um próspero fazendeiro e banqueiro do Brasil nos tempos do Império, dono de imensas fazendas de café, centenas de escravos, empresas, palácios, estradas de ferro, usina hidrelétrica e, para completar a cereja do bolo, de um título de barão concedido pela própria Princesa Isabel. A biografia do empresário mineiro Francisco Paulo de Almeida, o Barão de Guaraciaba, não seria muito diferente de outros nobres da época não fosse um detalhe importante: ele era negro em um país de escravos.

No ano em que a Lei Áurea completa 130 anos, vale a pena conhecer a trajetória do primeiro e mais bem-sucedido barão negro do Império, um personagem praticamente desconhecido na História do Brasil. Empreendedor de mão cheia e com grande visão de negócios em um país ainda essencialmente agrário, ele tem uma trajetória que lembra a de outro barão empreendedor do Império, este bem mais famoso: o Barão de Mauá.

Almeida fazia parte de um pequeno grupo de mestiços de origem africana que conseguiram ascender financeira e socialmente

Com um patrimônio acumulado de 700 mil contos de réis, que garantia ao dono status de bilionário na época em que viveu, Almeida nasceu em Lagoa Dourada, na época um arraial próximo a São João del Rei, no interior de Minas Gerais, em 1826.

A origem da sua família é pouco conhecida. Filho de um modesto comerciante local chamado Antônio José de Almeida, na certidão de batismo consta como nome da mãe apenas “Palolina”, que teria sido uma escrava. “Infelizmente não sabemos o destino de Palolina e a quem ela pertencia, mas, sim, ela era escrava”, afirma o historiador Carlos Alberto Dias Ferreira, autor do livro Barão de Guaraciaba – Um Negro no Brasil Império.

O nome, porém, provoca discussões entre os descendentes do barão, já que, por um erro de grafia no registro, “Palolina”, na verdade, seria Galdina Alberta do Espirito Santo, esposa de Antônio e considerada pelo próprio barão sua legítima mãe.

Início da riqueza

“Certamente seu pai ou mãe tinham ascendência negra, mas não existe nenhum registro provando que ele era filho de escravo ou escrava”, afirma a trineta do barão e guardiã da história da família, a secretária administrativa Mônica de Souza Destro, que mora em Juiz de Fora (MG).

Ainda na adolescência, Almeida começou a vida como ourives fabricando botões e abotoaduras em sua terra natal, na região aurífera de Minas. Nos intervalos, tocava violino em enterros, onde recebia algumas moedas como pagamento e os tocos das velas que sobravam do funeral, que utilizava para estudar à noite. Por volta dos 15 anos, tornou-se tropeiro entre Minas e a Corte, no Rio de Janeiro.

Nessas idas e vindas, ganhou dinheiro comprando e vendendo gado, conheceu muitos fazendeiros e negociantes nos caminhos das tropas e começou a comprar terras na região de Valença, no interior fluminense, para plantar café.

Foto de uma das fazendas do riquíssimo barão

Após casar-se com dona Brasília Eugênia de Almeida, com quem teve 16 filhos, tornou-se sócio do seu sogro, que também era fazendeiro e negociante no Rio de Janeiro.

Após a morte do sogro, assumiu todos os negócios e sua fortuna disparou: comprou sete fazendas de café espalhadas pelo Vale do Paraíba fluminense e interior de Minas. Apenas na fazenda Veneza, em Valença, possuía mais de 400 mil pés de café e cerca de 200 escravos. Levando-se em consideração que ele tinha outras áreas produtoras de café, o barão pode ter tido até mil escravos, segundo Ferreira.

“Não se trata de uma contradição ele ter sido negro e dono de escravos, pois tinha consciência do período em que vivia e precisava de mão de obra para tocar suas fazendas. E a mão de obra disponível era a escrava”, diz Ferreira.

“Ainda que nos cause repúdio hoje em dia, o contexto de escravidão era uma coisa normal e era mão de obra que existia naquele tempo”, completa Mônica, que prepara uma biografia do seu ancestral, ainda sem data para ser publicada.

Em sociedade com outros empreendedores com quem mantinha contato, Guaraciaba tornou-se banqueiro e fundou dois bancos: o Mercantil de Minas Gerais e o Banco de Crédito Real de Minas Gerais. A diversificação empresarial não parou por aí.

Em um período em que as ferrovias começavam a rasgar o território nacional, participou da construção da Estrada de Ferro Santa Isabel do Rio Preto (depois incorporada pela Rede Mineira de Viação), cujos trilhos passavam por suas propriedades, em Valença.

A ferrovia, que ligava Valença a Barra do Piraí e se tornou importante para escoar o café do Vale do Paraíba, foi inaugurada por D. Pedro 2º em 1883. Teriam começado aí as boas relações entre Guaraciaba e a família real, que culminariam na concessão do título de barão pela princesa Isabel, regente na ausência do pai, em 1887.

“Merecimento e dignidade”

O título foi concedido por “merecimento e dignidade”, em especial pela dedicação de Guaraciaba à Santa Casa de Valença, onde foi provedor. Mas entrar para a nobreza tinha um custo fixo e tabelado pela Corte: 750 mil réis.

Mônica de Souza Destro, trineta de Francisco Paulo de Almeida

Sempre atento às oportunidades de negócios que chegavam com o progresso, Almeida foi sócio fundador da primeira usina hidrelétrica do país, inaugurada em 1889, em Juiz de Fora (MG). A Companhia Mineira de Eletricidade, que construiu a usina, também foi responsável pela iluminação pública elétrica em Juiz de Fora. O barão, claro, foi um dos participantes e financiadores da modernidade que aumentou o conforto da população.

Dono de um estilo de vida condizente com a nobreza imperial, o Barão de Guaraciaba possuía uma confortável residência na Tijuca, no Rio de Janeiro, e outra em Petrópolis, destino de veraneio preferido dos ricos e da nobreza.

Na cidade serrana construiu uma mansão que posteriormente foi chamada de Palácio Amarelo e que hoje abriga a Câmara Municipal. Também fazia diversas viagens para a Europa, principalmente para Paris, para onde mandou seus filhos para estudar.

“Guaraciaba distinguiu-se por ter sido financeiramente o mais bem-sucedido negro do Brasil pré-republicano. Ele se tornou o primeiro barão negro do Império, notabilizando-se pela beneficência em favor das Santas Casas”, afirma a historiadora e escritora Mary Del Priore.

Segundo ela, Almeida fazia parte de um pequeno grupo de mestiços de origem africana que conseguiram ascender financeira e socialmente.

O racismo, porém, permanecia arraigado na sociedade brasileira, independentemente da posição financeira, diz Priore. Alguns desses empreendedores, a exemplo do Barão de Guaraciaba, conquistaram ou compraram seus títulos de nobreza junto ao Império, sendo por isso chamados na época de “barões de chocolate”, em alusão ao tom da pele.

Antiga mansão do Barão de Guaraciaba, chamada de Palácio Amarelo, é a Câmara Municipal de Petrópolis-RJ

“O sangue negro corria nas melhores famílias. Não faltavam casamentos de ‘barões de chocolate’ com brancas”, completa a historiadora.

Após a proclamação da República, Guaraciaba começou a se desfazer dos seus bens, mas viveu uma vida bastante confortável até morrer, na casa de uma das filhas, no Rio de Janeiro, em 1901, aos 75 anos.

Seus herdeiros, inclusive alguns ex-escravos agraciados pelo dono e que permaneceram com o patrão após a alforria, receberam dinheiro e propriedades, e se espalharam pelos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

“Ele foi um grande empreendedor que acabou banqueiro, homem de negócios, fazendeiro e senhor de escravidão. É preciso empenho e coragem dos historiadores para estudar esses símbolos bem-sucedidos de mestiçagem”, diz Mary Del Priore, que resgata um pouco da história do Barão de Guaraciaba em seu livro Histórias da Gente Brasileira.

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Categoria(s): Reportagem Especial
domingo - 26/08/2018 - 07:34h

Autorretrato

Por François Silvestre

Essa coisa de autorretrato é uma prática dos pintores. Tenho inveja deles, pois nunca consegui pintar um nariz de frente. Mesmo que D. Raimunda Barreto, minha professora primária no Grupo Almino Afonso, tenha tentado muito. Não teve jeito.

Depois, já no ingresso do segundo grau, um professor de desenho me disse que eu iria sofrer muito na vida por “não conseguir compreender, no plano, as perspectivas espaciais das figuras geométricas”.

Já sofri muito na vida, não mais do que gozei, mas nenhum dos meus sofrimentos se deu por causa da incompreensão das figuras no espaço ou no papel. Compreendo do meu jeito, tortamente.

Outra inveja, a música. Sou o que se chama no sertão um peido n’água, em matéria de afinamento. Afinação nula, ouvido rombudo.

E aí sobrou a escrita. Mesmo assim, precária. Vez ou outra descubro o dodecaedro pentelhando o desenho das frases e o ouvido desafinando a sonoridade das metáforas.

Se fizesse um júri, nesse julgamento pessoal, seria um promotor relapso e um defensor esperto. Como se estivesse roubando no jogo de cartas da paciência.

A acusação: Sou vaidoso e me acho bonito. Fujo do espelho, pra evitar decepção. Sou pretensioso e me acho inteligente. Fujo dos intelectuais para evitar o desmentido.

Sou impaciente. Quando fui candidato fingi paciência pra ganhar votos. Não adiantou. Foi uma mentira ineficaz.

Não gosto de visitar doentes, não vou a enterros, não visito presos. E olhe que já recebi visitas na cadeia e nos hospitais. Só falta recebê-las no cemitério, mas não tenho pressa; quem quiser visitar-me espere deitado. Prefiro a cremação.

Sou egocêntrico. Acho-me morando no centro do Universo, mesmo cercado pela minha própria estupidez e pela burrice nativa que me irrita e amofina. Giram em torno deste meu centro uma galáxia de passarinhos perseguidos, fruteiras assassinadas, broqueiros idiotas queimando grotas e notícias ruins nos jornais televisivos.

A defesa: A ganância nunca me motivou. E olhe que a ganância honesta, de quem trabalha para justificá-la, não merece crítica. Merece aplauso. Mas não consegui fazer da ambição uma motivação de vida.

Não hospedei a avareza. Sempre fui esbanjador, mesmo esbanjando pouco, pois nunca tive muito. Se muito houvesse, eu seria generoso. Em sendo pouco, sou apenas estroina. Moderadamente, com cautela.

Dizia Sêneca que “ao avarento falta-lhe o que tem e o que não tem”. A única avareza respeitável é a do dinheiro público, exatamente onde o Poder que o guarda não o guarda. Rouba-o. E quem diz protegê-lo cobra caro pelo controle e controla ineficientemente.

Tenho o maior número de melhores amigos do mundo. E desafio quem os tenha tanto quanto eu. E da minha família, não me exibo para evitar quebranto.

E assim dito, senhor Juiz, neste júri simulado, resta pedir a condenação. Para que, serenamente, a sentença reflita, na sua motivação, o direito negado às provas do acusador. Nos termos em que o retratado pede deferimento. Té mais.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 26/08/2018 - 06:22h

Corrupção eleitoral

Por Odemirton Filho

Não é novidade que algumas campanhas eleitorais se caracterizaram pela corrupção. A compra de voto, como é conhecida, é comum no processo de escolhas de alguns de nossos representantes.

Os candidatos e os eleitores se acostumaram a participar de pleitos eleitorais de forma nada republicana.

Em razão disso, o Código Eleitoral tipificou a corrupção eleitoral nos seguintes termos:

“Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”.

Como se extrai do texto normativo a compra de voto é qualquer meio que usa o candidato para cooptar voto, seja dando, oferecendo ou prometendo dinheiro, presentes ou qualquer vantagem ao eleitor.

Dessa forma, a doação de dinheiro, material de construção, cestas básicas, carteira de habilitação, óculos, próteses dentárias, entre outros, configuram-se como compra de voto.

Ressalte-se que o eleitor também comete corrupção eleitoral quando solicita ou recebe qualquer dessas vantagens.

Por conseguinte, tanto é corrupto o candidato que compra o voto, como o eleitor que o vende.

Essa conduta do candidato pode ser considerada como um ilícito-penal-eleitoral, como nos termos do art. 299 acima mencionado, e como um ilícito-civil-eleitoral, que vem a ser a captação ilícita de sufrágio, de acordo com o art. 41-A, previsto na Lei n. 9.504/97, abaixo transcrito:

“Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990”.

“§ 1o Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir”.

Consoante Gomes (2014), “a captação ilícita de sufrágio denota a ocorrência de ato ilícito eleitoral. Impõe-se, pois, a responsabilização dos agentes e beneficiários do evento. Estará configurada sempre que a eleitor for oferecido, prometido ou entregue bem ou vantagem com o fim de obter-lhe o voto. Também ocorrerá na hipótese de coação, isto é, prática de “atos de violência ou grave ameaça a pessoa, com o fim de obter-lhe o voto” (art. 41-A, § 2o). Assim, a causa da conduta inquinada deve estar diretamente relacionada ao voto”.

Segundo o citado artigo o período que pode ocorrer a captação ilícita de sufrágio é a partir do registro de candidatura até o dia da eleição.

Além disso, não se exige o pedido expresso para se configurar a compra de voto, mas tão somente que fique evidenciado na conduta do candidato o dolo, isto é, a vontade de assim agir.

Acrescente-se, por oportuno, que não há necessidade da participação direta do candidato para se configurar a captação ilícita de sufrágio. Se houver um liame entre o candidato e a terceira pessoa que compra o voto do eleitor, com anuência daquele, é possível que o candidato seja sancionado.

Veja-se o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):

“[…] 5. A desnecessidade de comprovação da ação direta do candidato para a caracterização da hipótese prevista no art. 41-A da Lei no 9.504/97 não significa dizer que a sua participação mediata não tenha que ser provada. Por se tratar de situação em que a ação ou anuência se dá pela via reflexa, é essencial que a prova demonstre claramente a participação indireta, ou ao menos, a anuência do candidato em relação aos fatos apurados. 6. A afinidade política ou a simples condição de correligionária não podem acarretar automaticamente a corresponsabilidade do candidato pela prática da captação ilícita de sufrágio, sob pena de se transmudar a responsabilidade subjetiva em objetiva. Recursos especiais providos para reformar o acórdão regional” (TSE – REspe no 603-69/ MS – DJe 15-8-2014).

Não se pode duvidar que a prática nefasta da compra de voto macula o pleito eleitoral e, sobretudo, a democracia, vez que a livre vontade do eleitor é viciada.

O eleitor é parte integrante desse escambo que se tornaram as eleições brasileiras, não podendo se eximir de culpa.

Fala-se muito que o sistema político é viciado, mas o eleitor também contribui para a forma de fazer política neste país.

Estamos em plena campanha eleitoral e, infelizmente, a compra e a venda do voto deverão acontecer.

Cabe-nos, desse modo, enquanto artífices de nossa incipiente democracia, não compactuar com essa prática.

Por fim, a consequência pela prática da corrupção eleitoral (compra de voto), sendo a representação por captação ilícita de sufrágio (art. 41-A) julgada procedente, o candidato terá o seu registro de candidatura ou diploma cassados e o pagamento de multa de mil a cinquenta mil Ufir.

No âmbito penal, havendo a condenação do candidato e do eleitor por compra e venda do voto (art. 299), a pena é de reclusão de até quatro anos e o pagamento de 5 a 15 dias-multa.

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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domingo - 26/08/2018 - 05:16h

Em busca de Dorian

Por Esdras Marchezan

Há 13 anos, Mossoró despedia-se de um de seus maiores jornalistas. Morria Dorian Jorge Freire.

Maior expoente até hoje da imprensa mossoroense, com passagem pelos jornais O Mossoroense (RN), Última Hora (SP), Diário Carioca, Brasil, Urgente, Revista Escola (SP), Revista Realidade (SP), Diário de Natal (RN), Tribuna do Norte (RN) e Gazeta do Oeste (RN), é considerado um de nossos maiores cronistas.

Mas Dorian é muito maior que suas crônicas, iniciadas em 1948, nas páginas de O Mossoroense, sob a bênção do pai Jorge Freire e de Lauro da Escóssia.

A trajetória de Dorian na imprensa paulista, principalmente no Última Hora, de Samuel Wainer, e no ousado Brasil, Urgente, inserem ele no rol dos grandes nomes da nossa imprensa.

Iniciado como estagiário na redação paulista do jornal de Wainer, em alguns anos, Dorian ganhou espaço na cobertura política, chegando a assinar a principal coluna da editoria “Revista dos Jornais”. Suas opiniões eram repercutidas fortemente na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Na “Última Hora” entrevistou personalidades e fez grandes e ilustres amizades, como Hilda Hist, Alceu Amoroso Lima, e Ignácio de Loyola Brandão, apenas para citar alguns. Foi repórter, chefe de redação e articulista dos melhores.

No Brasil, Urgente, jornal combativo ligado à Igreja Católica, mostrou perseverança e coragem ao enfrentar o sistema político de então, com um periódico mantido praticamente por seus leitores. Não resistiu ao golpe de 64.

No Rio Grande do Norte, foi responsável pela modernização das redações do Diário de Natal e Tribuna do Norte. Regressando a Mossoró, em 1975, após concluir o bacharelado de Direito, em São Paulo, lidera uma das retomadas históricas de “O Mossoroense”, implementando muito do modernismo vivenciado no jornalismo paulista.

Traído pela saúde, como tantos de nós seremos ainda, dedica-se à escrita da crônica diária, prática que manteve até os seus últimos dias, mesmo com um dedo somente a bater nas teclas da máquina de escrever.

No ano passado, junto aos estudantes Marcos Leonel, Leonora Sales e Fernando Nícolas, dei início a um projeto de pesquisa com o objetivo de contar a história deste jornalista tão importante para a história da imprensa potiguar.

Os primeiros resultados serão apresentados em breve, e a pesquisa seguirá durante este ano, com apoio do amigo Clauder Arcando.

Não é justo deixarmos a nossa história à mercê das traças. É preciso resgatar e contar aos mais novos quem foi Dorian Jorge Freire, e toda sua grandeza para a imprensa potiguar.

Viva, Dorian!

Esdras Marchezan é jornalista e professor e subchefe de Gabinete da Universidade do Estado do RN (UERN)

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domingo - 26/08/2018 - 04:02h

Os capitães na política

Por Paulo Linhares

A palavra capitão é derivada da palavra “caput”, do latim, que significa “cabeça”. Na linguagem erudita dos historiadores era comum dizer que “Aníbal foi o grande capitão de Cartago, herói da guerra contra Roma” ou “ Alexandre, o grande capitão dos exércitos macedônios”. Nesses casos, sempre para enaltecer as qualidades guerreiras  de certos chefes militares que tiveram papéis relevantes na História.

Outras acepções de “capitão” não interessam aqui, a não ser a que se refere ao posto presente em muitas organizações militares e que designa, na maioria dos exércitos do mundo, ou um categoria de oficiais subalternos ou, na melhor hipótese, de oficiais intermediários, que comandam  companhias de soldados.

Nessa condição de intermediar ações entre a oficialidade superior e estamentos inferiores nas organizações militares, os capitães se fazem essenciais na execução de operações militares a ponto de assumirem papel até mais destacado que oficiais que exercem postos superiores.

Por isto é que na História do Brasil tem ocorrido participações de capitães do Exército em destacadas aparições no cenário da política nacional. No passado, a presença do capitão Luiz Carlos Prestes a comandar o movimento conhecido como Coluna Prestes, na década de 1920.

Aliás, não é demasiado recordar que o cooptado pelo Estado brasileiro para combater a Coluna Prestes, o bandoleiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, em 12 de março de 1926,  recebeu a patente de ‘capitão’ do Exército Patriótico das mãos de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, Ceará, além de fartas provisões em armas e munições. Lampião deixou de  cumprir o combinado e não enfrentou a Coluna Prestes, embora tenha envergado essa estranha patente de capitão até sua morte em 1938, na Fazenda Angicos, no sertão de Sergipe.

Mais recentemente, ocorreu a dissensão do capitão Carlos Lamarca que se tornou líder de uma das organizações de esquerda que se confrontou militarmente com o aparato repressivo da ditadura militar e, na década de 1970, foi morto melancolicamente no interior da Bahia. Reverenciado no campo das esquerdas brasileiras, todavia, até hoje sua memória é alvo da execração máxima de “traidor” por membros das Forças Armadas deste país.

Nos dias que correm, igualmente ganhou notoriedade, embora no campo oposto do espectro político-ideológico com relação a Prestes e Lamarca, o capitão-deputado federal Jair Messias Bolsonaro, de quem o insuspeito “The Economist”, em matéria recentemente publicada, fala cobras e lagartos, e o  classifica como incapaz de encabeçar um novo governo brasileiro após a eleição presidencial de 2018.

Certo é que Bolsonaro, capitão da reserva do Exército,  tenta incorporar a descrença nos políticos e na política como expressão das forças armadas brasileiras. Claro, a despeito de colecionar entusiasmados apoios em  meios castrenses, inclusive, para trazer um general como seu vice, não representa as Forças Armadas em sua postulação.

No entanto, nem a passagem e tampouco a saída de Bolsonaro do Exército podem ser todas como exemplares:  segundo noticiou a Folha de São Paulo, com base em documentos obtidos junto ao Superior Tribunal Militar (STM), o deputado Jair Bolsonaro admitiu, em 1987, ter cometido atos de insubordinação e deslealdade com seu superiores hierárquicos.

Uma das atitude de Bolsonaro foi planejar, juntamente com mais quatro colegas, a explosão de bombas-relógio em unidades militares do Rio de Janeiro, e, protesto às condições remuneratórias dos militares. Enfim, típico ato que noutros tempos outra denominação não mereceria que não a de “terrorismo”.

Sem saída, Bolsonaro literalmente “negociou” a sua passagem para a reserva do Exército, quando resolveu abraçar uma carreira política que, décadas após, mostrou-se um palpita acertado: cumpre o seu sétimo mandato de deputado federal eleito pelo Partido Progressista, o mais corruptos dos partidos envolvidos na Operação Lava Jato, o que não ao deixa de ser mais um dos seus cruciais paradoxos.

O papel que Bolsonaro irá desempenhar ainda é impreciso; embora conte com a simpatia de militares de todas as extrações, certo é que ele não estará como representante das Forças Armadas na corrida presidencial, segundo declarações incisivas de lideranças que comandam essas forças, a exemplo do general Villas Boas, do Exército Brasileiro.

A atuação política de  Prestes, mesmo após o fim da Coluna que levava o seu nome, teve grande importância na política brasileira, mormente quando se tornou o principal líder da esquerda, no comando do Partido Comunista brasileiro, nas décadas   seguintes à de 1920. Com o fim da ditadura do Estado Novo, Luiz Carlos Prestes foi eleito senador pelo Distrito Federal e como tal atuou na Constituinte  de 1946 e liderou o Partido Comunista do Brasil, posto este na ilegalidade em 1947, nas décadas seguintes.

Anistiado  na década de 1980, com o fim da ditadura militar, encerrou uma vigorosa presença na cena política que perdurou por seis décadas. O capitão Carlos Lamarca sucumbiu no confronto armado contra seus antigos companheiros de farda e adquiriu a condição de anti-herói execrado na História escrita pelos vencedores de 1964.

Assim, é paradoxal que, três décadas depois, em pleno chão democrático, registre-se o surgimento da figura do capitão Jair Bolsonaro na cena política brasileira, como representante de uma pauta política conservadora radical que cresce nos espaços aberto pelo fracasso das forças políticas de centro e da esquerda,  dos governos tucanos e petistas, sobretudo,  após virem a público graves revelações de envolvimentos de partidos e lideranças políticas com práticas de corrupção no seio da Administração Pública federal.

Os capitães, investidos na pele de típicos xerifes, mexem com o imaginário político das massas: encarnam a figura da ‘autoridade’ que dita os padrões de comportamento que emanam da Casa-Grande, embora Prestes, Lampião e Lamarca claramente tenha seguido o caminho inverso, o da Senzala. Por isto, Bolsonaro parece representar o que há de mais reacionário no atual espectro político brasileiro que vai do exacerbado e démodé anticomunismo às posturas conservadoras tocantes às relações familiares e de gênero, ademais do racismo e da intolerância política antidemocrática. É esse o ‘capital’ que dá impulso à sua ação política e que pode colocá-lo como inquilino do Palácio do Planalto, pelos próximos quatro anos. Lamentável, mas, verdadeiro.

Afinal, foi o desencanto com a política e políticos que entronizou recentemente o capitão de empresas Donald Trump na presidência dos Estados Unidos da América, cuja atuação tem sido um pesadelo para o seu país e para o mundo. Por aqui, resta saber o que soberanamente decidirá o povo brasileiro nas urnas de outubro de 2018.

Bolsonaro, a versão tupiniquim de Trump, está bem posicionado nesse jogo, embora não seja nem um arremedo daquele que, a despeito de tudo tem alcançado ganhos na política econômica dos EUA, inclusive, com a recuperação de milhares de empregos para os norte-americanos. Tramp cisma e realiza, aprove-se ou não dos seus gestos e métodos caricatos.

Assim, resta torcer para que, pesadas e medidas todas as circunstâncias, não precise este Brasil de mais capitães para abraçar e vencer os desafios que a adversa conjuntura lhe impõe. Seguirá o seu destino manifesto. No chão da democracia, da modernidade e dos costumes republicanos. Vencerá.

Paulo Linhares é professor e advogado

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sábado - 25/08/2018 - 23:56h

Pensando bem…

“A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo.”

Anaïs Nin

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