• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 26/04/2021 - 14:20h
Ministro da Saúde

Governo não tem CoronaVac e lamenta ter estimulado uso de 2º dose

Queiroga é destaca de hoje em O Globo (Reprodução)

Queiroga é destaca de hoje em O Globo (Reprodução de foto de Ueslei Marcelino/Reuters)

O Globo

O ministro da Saúde, Marcelo, Queiroga, criticou nesta segunda-feira a judicialização para entrega de doses da vacina Coronavac e avisou que se todos procurarem a Justiça não haverá “doses pra todo mundo”. Ele citou como exemplo a capital da Paraíba, João Pessoa, que conseguiu uma liminar e recebeu o imunizante.

“Se todos judicializarem não têm doses para todo mundo”, afirmou Queiroga, em audiência pública no Senado.

O ministro informou que doses da Coronavac não serão entregues nesta semana, a previsão é que sejam distribuídas aos estados daqui a dez dias devido ao atraso da entrega o IFA ( Ingrediente Farmacêutico Ativo) ao Butantan pela China. Sem dar detalhes, Queiroga informou que o ministério vai emitir uma nota técnica sobre o assunto.

Segunda dose

Ele lembrou que há cerca de um mês (veja AQUI) a pasta liberou a aplicação da segunda dose, e, agora, “há uma certa preocupação”.

Queiroga também citou a divulgação, no sábado, da atualização do cronograma de vacinação no país. O número de doses esperadas para o mês de maio caiu de 46,9 milhões para 32,4 milhões.

Ele justificou que estavam previstos 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin , que ainda não tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa), e também a demora para entrega do IFA para produção de vacinas.

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Categoria(s): Política / Saúde
segunda-feira - 26/04/2021 - 09:38h
Covid-19

Mossoró vacina 2.438 pessoas, mas não tem estoque à 2ª dose

UBS funcionaram no fim de semana (Foto: Wilson Moreno)

UBS funcionaram no fim de semana (Foto: Wilson Moreno)

A campanha Mossoró Vacina contabiliza 2.483 doses de vacinas aplicadas contra a Covid-19, neste fim de semana (24 e 25/04), e aguarda a chegada de mais doses para continuar avançando na imunização dos mossoroenses, expandindo a faixa de pessoas com comorbidades.

A chegada de mais doses, em especial da Coronavac, do Instituto Butantan, depende também da liberação desse tipo de vacina pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP/RN). De acordo com informação da plataforma RN Mais Vacina, o Rio Grande do Norte contava, até este domingo, com reserva técnica de 11.501 doses de Coronavac.

Nota

Em nota divulgada ainda domingo (25), o município entende que a situação é emergencial e, portanto, o Estado possui condições de liberar um quantitativo dessa reserva técnica para atender os pacientes que necessitam da segunda dose da Coronavac/Butantan.

A secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, diz que, enquanto Natal recebeu duas liberações de doses da reserva técnica, sendo a última de 2,8 mil doses, Mossoró só recebeu pouco mais de 800 doses no fim de semana e em uma única vez.

Nota do Blog – Existe uma guerra de versões entre Estado e Prefeitura de Mossoró. A municipalidade usou o que tinha na expectativa de que não ocorresse solução de continuidade. O Governo do Estado disse em nota que passou as cotas devidas.

Já o Governo Federal admitiu à semana passada que existe e existirá atraso. Porém, em março, orientava estados e municípios a usarem estoques técnicos (veja AQUI).

Se não existir um pingo de bom senso e menos politicagem, teremos sérios prejuízos à população. O avanço obtido na vacinação em Mossoró está comprometido. Voltaremos ainda hoje ao tema.

Leia também: Confederação dos Municípios mostra falta de vacinas no país;

Leia também: Ministro admite atraso em vacinação.

Essa página alertou e defendeu o estoque regulador, mas sofreu severas contestações e críticas de muitos webleitores. Infelizmente, outra vez, não estávamos errados.

Paralelamente, muitos políticos, setores da imprensa e militantes partidários que cobravam o uso desse estoque de segurança, agora estão calados ou criticando o seu uso. Voltaremos ao tema.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 26/04/2021 - 08:08h
Infarto

Cantor aguarda transferência para passar por cateterismo

Vicente teve problemas na sexta-feira passada Foto: redes sociais)

Vicente teve problemas na sexta-feira passada (Foto: redes sociais)

Vítima de princípio de infarto no fim da manhã da sexta-feira (23), o cantor mossoroense Vicente Santiago aguarda encaminhamento para passar por cateterismo no Hospital Wilson Rosado (HWR).

Ele está internado no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) desde a madrugada de sábado (24), após ser transferido da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Santo Antônio, onde provisoriamente esteve acomodado.

Vicente estava no centro da cidade, quando sentiu tontura e desmaiou.

Foi atendido preliminarmente por unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Em seguida, levado à UPA do bairro Santo Antônio em Mossoró.

No HRTM, ele está consciente e no aguardo do deslocamento para o HWR.

Nota do Blog – Continuamos na torcida pela recuperação da saúde desse grande artista, muito querido por todos nós.

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segunda-feira - 26/04/2021 - 07:35h
Política

Deputado Girão vai a Upanema inaugurar outdoor de Bolsonaro

Tag em redes sociais divulgam 'evento político' (Reprodução)

Tag em redes sociais divulgam ‘evento político’ (Reprodução)

O deputado federal General Girão aporta nessa segunda-feira (26) em Upanema, região Oeste do RN.

Vai inaugurar um outdoor de exaltação ao presidente Jair Bolsonaro.

Será às 16h30.

Em Natal, peças do gênero sofreram vandalismo no fim de semana.

Pelo visto, a campanha presidencial à reeleição já começou.

Afinal de contas, 2022 está mesmo bem ali.

Nota do Blog – No domingo (25), o parlamentar esteve reunido com alguns vereadores de Mossoró ligados ao segmento evangélico.

Na pauta, reivindicações e política eleitoral de 2022.

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  • Art&C - PMM - 12 de Abril de 2024 - Arte Nova - Autismo
segunda-feira - 26/04/2021 - 06:54h
Setor de eventos

Um espetáculo cada dia mais longe de voltar à realidade

Quadro difícil para segmento (Foto ilustrativa)

Quadro difícil para segmento (Foto ilustrativa)

Difícil acreditar que o universo musical e eventos em geral voltem à normalidade tão cedo.

Encher clubes, estádios, praças, com shows, é coisa do passado que o futuro deve demorar a repetir.

Máscara, álcool gel e distanciamento social estão só começando nessa pandemia que passa de um ano de propagação.

Incontáveis grupos musicais, pequenos ou grandes, praticamente morreram.

Mesmo artistas de nome nacional estão com queda brusca de receitas.

E os artistas de alcance regionalizado ou em pequenas cidades sofrem mais ainda.

Difícil sairmos disso a curto prazo.

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domingo - 25/04/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Falta de ocupação não é repouso; uma mente absolutamente vazia vive angustiada.”

William Cowper

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  • San Valle Rodape GIF
domingo - 25/04/2021 - 21:46h
Veja

Atum com mais de 400 quilos é pescado no litoral de Areia Branca

Litoral de Areia Branca é uma área próspera na pesca de atum (Foto: cedida)

Litoral de Areia Branca é uma área próspera na pesca de atum (Foto: cedida)

Por Luciano Oliveira (Do Costa Branca News)

Um grupo de pescadores conseguiu fisgar um atum azul na costa do município de Areia Branca, neste domingo, 25.

O peixe pesa cerca de 412 quilos.

A carne desse peixe é considerada uma iguaria no mercado do Japão e é comercializada a preços altíssimos.

Pela sua vocação pesqueira e pelo fato de ser a maior produtora de atum do Rio Grande do Norte, Areia Branca ganhou o título de “Capital Estadual do Atum”.

A pesca do atum tem uma importância muito grande para a economia local. O segmento gera em torno de dois mil empregos diretos e indiretos no município.

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domingo - 25/04/2021 - 20:48h
Mossoró

Advogado morre com Covid-19 no Rafael Fernandes

Ricardo estava no Rafael Fernandes (Reprodução do BCS)

Ricardo estava no Rafael Fernandes (Reprodução do BCS)

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Mossoró) emitiu nota de pesar nesse domingo (25), pelo falecimento do advogado Ricardo Luiz da Costa, mais uma vítima da Covid-19.

Ele estava internado no Hospital Rafael Fernandes e veio a óbito em consequência dessa doença.

Nota do Blog – Outra baixa no universo social de Mossoró.

Outro advogado.

Uma pessoa bem relacionada e em plena atividade laboral.

Que descanse em paz.

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  • San Valle Rodape GIF
domingo - 25/04/2021 - 17:52h
Flexibilização

Procuradoria tenta derrubar decisão que contraria decreto estadual

queda de braço - fotoTendo como parâmetro decisões de tribunais estaduais respaldadas no Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria Geral do Estado (PGE) vai recorrer da decisão do desembargador Cláudio Santos que acata, em parte, decreto da Prefeitura do Natal (veja AQUI) sobre consumo de bebidas alcoólicas, funcionamento de escolas e do comércio, em desacordo com o decreto estadual 30.516/21, que entrou em vigor neste sábado (24).

As restrições ao consumo de álcool em locais públicos são um dos principais instrumentos das autoridades sanitárias para conter a disseminação do coronavírus (Covid-19) e manter o funcionamento dos hospitais em níveis seguros, sem risco de colapso.

Caso concreto

A PGE entende que a decisão do desembargador quebra o paradigma, segundo o qual os entes federados podem legislar sobre medidas sanitárias de proteção à vida, mas havendo conflito no exercício da competência concorrente, prevalece a norma mais rígida, especialmente no que se refere à circulação de pessoas.

Foi esse o entendimento do desembargador Vivaldo Pinheiro, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Em março, ele acatou pedido do Ministério Público e reformou decisão de primeira instância, determinando que a Prefeitura de Carnaúba dos Dantas cumprisse integralmente os termos do decreto estadual 30.419/21, com regras mais restritivas que às locais, sobre o fechamento das atividades não essenciais.

Nota do Blog – Já postamos anteriormente e reafirmamos: o prefeito Álvaro Dias (PSDB) joga para a plateia, tão somente. É do jogo político, digamos.

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domingo - 25/04/2021 - 10:32h

Tá bonito pra chover

Por Odemirton Filho 

A crônica do amigo Paulo Menezes no domingo passado (veja AQUI) despertou a saudade dos banhos de chuva na minha infância.

Eu saía correndo pelas ruas próximas à minha casa, ia para baixo das biqueiras dos prédios, sentia a água gelada batendo no “couro” até ficar tremendo de frio. Banho de chuva na rua

Jogava bola “na chuva”, não tinha um pingo de medo dos trovões e dos raios. Uma ruma de meninos pedalando pelas ruas, molhados, aqui e ali pegando as cajaranas da vizinhança.

Às vezes ficava resfriado ou com a garganta inflamada e precisava tomar uma injeção lá em Dr. Vicente Forte. Mas valia a pena.

Levávamos as Kombis da padaria para lavar na barragem do rio Mossoró. Meu pai, segundo dizia, quando era criança atravessava o rio nas enchentes agarrado num tronco de uma árvore, mesmo sem saber nadar, e me contava as aventuras de sua infância no antigo Horto Florestal.

Estando em Tibau, por muitas vezes fui à praia na hora da chuva. Nem ligava para o perigo que corria. Queria era mergulhar no mar, com as gotas d´água “açoitando” o corpo. Ia brincar com os meus primos na pedra do chapéu. Depois, é claro, levava uns “carões” da minha mãe.

Para o pessoal do Sudeste o céu fica feio quando está com as nuvens “carregadas”. Para nós, nordestinos, é lindo de se ver.

Como é bonito os raios rasgarem de ponta a ponta o céu, com as nuvens anunciando um toró d´água e depois encharcando o chão rachado pela seca.

Quando eu vejo as imagens das chuvas no sertão, das pequenas barragens sangrando e do mato ficando verde, fico feliz. Imagino a alegria do homem do campo em cultivar a sua terra.

Hoje, já não tenho coragem de tomar banho de chuva pelas ruas nem de mergulhar no mar de Tibau quando está chovendo.

De vez em quando contemplo o céu quando “tá bonito pra chover” (uma expressão bem nossa, sertaneja, de contemplação) e espero a água cair para aguar as plantas do meu quintal. Aproveito e tomo uma boa dose pra esquentar a alma. Aí vem à memória os banhos de chuva na minha infância.

Sinto uma saudade danada.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 25/04/2021 - 10:00h

Assim, de repente, volto a Martins

Matriz de Nossa Senhora da Conceição em MartinsPor Paulo Menezes

Diz a sabedoria popular que a vida é curta e o mundo é pequeno. Estou na praia de Pirangi do  Norte, reunido com filhos e netos, na comemoração de aniversário do dileto amigo José Fernandes, esposo de dona Vânia Pinto. Meu  vizinho de mesa era alguém que, acho, conhecia, não sabia de onde.

Entre uma dose e outra, conversa vai, conversa vem, nos apresentamos. Eu, um saudosista obstinado. Ele se apresenta como José Câmara Filho. Aí não me contive :

– Não me diga que seu pai foi coletor federal em Martins nos anos sessenta!

Após a afirmativa, a lembrança chegou rápida. Pois foi nesse tempo que minhas férias escolares eram gozadas na fria e encantadora Serra de Martins. O “hotel” era a casa do meu tio, corretor de algodão em pluma naquela cidade. O “misto” de Edivaldo era o transporte que nos conduzia até ao destino.

Partíamos de Mossoró na madrugada e chegávamos à serra por volta de meio dia. Saíamos de um clima de trinta e cinco graus para a amenidade dos vinte. A subida da serra era uma aventura. A estrada, carroçável, com muitas curvas e abismos a se perderem de vista, era um misto de temor e beleza.

A festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade, era comemorada no final de dezembro até os primeiros dias de janeiro. Muito animada, com direito a parque de diversão, jogos de roleta, bozó, tiro ao alvo, barraca, quermesse, leilão, novena, banda de música e ciranda de fogos.

Zé Câmara, na época, a pessoa mais importante da cidade. Mais do que o padre, o juíz e o delegado. Era ele quem organizava o campeonato de voleibol, os bailes no Centro Lítero Esportivo Martinense (CLEM), a festa da padroeira, os encontros culturais, enfim, era o “cara”.

Passamos o filme de longa metragem sobre aquele tempo maravilhoso.

Recordamos das visitas aos mirantes do Canto e da Carranca, da Casa de Pedra, da Fonte da Bica, das trilhas percorridas. Foi muita prosa pra pouco tempo.

O filho de Zé Câmara e o novo amigo que acabara de conhecer era a cara do pai. Falou que seu genitor foi coletor por curto período em Mossoró quando saiu de Martins e antecedeu a “Chico de Lalá” na coletoria da Capital do Oeste.

Lamentei não ter lhe encontrado nessa época. O fato é que, sem querer nem está programado, relembrei mais uma fase importante da minha vida.

Tempos bons que foram lembrados num dia agradável com enorme prazer e imensa saudade.

Paulo Menezes é meliponicultor e cronista

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Categoria(s): Crônica
domingo - 25/04/2021 - 09:30h

Fome dói, senhoras e senhores

Por Marcos Ferreira

Sei que dirão, decerto poucos, visto que meu círculo de leitores é tão largo quanto o buraco de uma agulha, que estou politicando. Que digam. Não tem problema. É isso mesmo. Somos essencialmente políticos, frase de cujo autor (perdoem minha memória de Sonrisal em copo d’água) não recordo.

Hoje discorrerei sobre esta área pantanosa. Pensem o que quiserem. A verdade, senhoras e senhores, é que tudo está impregnado de política. Há política em todos os âmbitos e esferas; política no seio das famílias, política nas artes, na literatura, política nos relacionamentos amorosos, nas uniões interesseiras, no âmago das religiões e, lógico, no pior de todos os segmentos: a zona partidária, onde o percentual de percevejos sociais travestidos de mulheres e homens públicos é quase metastático. Contudo (ouso afiançar) existem raras e honrosas exceções.Fome, mãos com pão, flagelo, pobrezaTodo este circunlóquio é para lhes dizer, como na canção do Chico Buarque, que “a coisa aqui tá preta”. Mas não estou contando novidade alguma e o verso do compositor soa redundante. Acrescento, e sem conotação racial, que a coisa está pior que preta. Posto que agora, minhas senhoras e meus senhores, a Coisa (com inicial maiúscula) tem olhos verdes e esbugalhados. Ou seriam azuis? Digamos, à maneira dos poetas parnasianos, que os olhos são garços, agateados.

Sim, meus gentis e parcos leitores, aqueles são os olhos demoníacos de uma criatura sem compaixão, empatia, escarnecedora da penúria em que vive grande parcela dos seus compatriotas. Tais olhos, introjetados de peçonha e desamor, têm sido maléficos, deletérios a este “país tropical, abençoado por Deus”, como diz um outro compositor carioca. Olhos que secretam o mal.

Hoje, infelizmente, o povo humilde e carente desta pátria de chuteiras voltou a comer o pão que o diabo amassou, conforme o ditado. Ou, em muitos lares, nem isso. Porque o preço do pãozinho, mesmo aquele da véspera, está pela hora da morte. Os víveres, de um modo geral, estão nos custando os olhos da cara. Isto sem falarmos nos combustíveis automotivos, na pena d’água, na tarifa de luz, no gás de cozinha. Este último, com o preço tão inacessível, mais parece um satélite doméstico na estratosfera da baratinada economia brasileira. Muitas famílias retroagiram e estão cozinhando à lenha. Quando há o que cozinhar, naturalmente.

A mendicância tomou os canteiros, ocupa logradouros, faz blitz nos semáforos, estira a mão súplice: “Uma ajudinha, pelo amor de Deus!” São pessoas desvalidas, privadas da mínima condição de subsistência e dignidade, sofrendo humilhações, curtindo fome. E fome dói, senhoras e senhores. Maltrata sobremodo, faz definhar o corpo quanto o espírito, inviabiliza projetos, sonhos.

Sem coitadismo, sei do que estou falando. Nada conjecturo ou presumo. Digo o que digo com propriedade, conhecimento de causa. Não devemos nos envergonhar da nossa história e origens. Não se estas não são motivo de vergonha. A fome, que sempre foi dramática entre nós, ressurge ainda pior. Muito pior. Recrudesceu, retornou à pauta da grande imprensa, agravada. E o pivô desse agravamento, de olhos esverdeados, faz pouco-caso do infortúnio dos miseráveis.

Pensando melhor, creio que a referida Coisa merece receber o artigo masculino singular. Logo, feita esta mutação de gênero, temos no Brasil, aboletado nos píncaros do poder central, o Coisa, ser malévolo que se harmoniza de forma perfeita com o adjetivo ruim. Destarte, outra vez reformulando a nomenclatura do dito-cujo, temos aqui o Coisa-Ruim, palavrinha composta e bem mais apropriada. Não se trata de um batismo original, considerando que esta é uma das várias definições atribuídas ao demônio supremo Satanás, ou Lúcifer, como quiserem.

ENTÃO, SENHORAS E SENHORES, de paletó e gravata caros, olhos garços, esbugalhados, arma no cós e enxofre na língua, mas sem o clássico rabo com seta na ponta nem chifres (não que se saiba), o Coisa-Ruim lançou o Brasil num precipício econômico e social que resulta no estarrecimento e perplexidade do mundo todo. Acho até que o famoso letreiro do “lábaro estrelado” precisa sofrer uma constrangedora atualização, modificando-o para “desordem e retrocesso”.

Olhemos à volta, minhas senhoras e senhores. Mas olhemos sem paixões políticas nem ranço, sem os antolhos do partidarismo de esquerda ou direita, sem a retórica do petismo ou do lulismo. Contemplemos as axilas de pontes e viadutos por toda parte deste país, as calçadas das lojas durante a madrugada, sob marquises e toldos. Aí veremos, senhoras e senhores, os nossos semelhantes, uma miríade de sem-teto, quantidade ora duplicada, senão triplicada. São aquelas pessoas engolidas pela desigualdade social e pelo modus operandi desse governo irascível, antidemocrático, truculento, apologista da ditadura e intimidador de jornalistas.

Perdoem a vulgaridade da expressão, mas o brasileiro está vendendo o almoço para comprar o jantar. Logicamente estou me referindo às camadas baixa e subterrânea do nosso povo. Muita gente que se encontrava em cima, ou não muito embaixo, desceu, está ao rés do chão.

Outros mudaram daí para um subsolo financeiro, ameaçados pela miséria absoluta, na iminência de perderem seus lares e passarem a coabitar os sovacos de pontes e viadutos, expostos sob marquises e toldos, disputando espaço com aquele mundaréu de sem-teto a que me referi.

Além do caos da pandemia, cujo número de vítimas no Brasil pelo coronavírus logo atingirá os quinhentos mil mortos, padecemos com o flagelo de uma política voltada para o benefício de ricos e ricaços.

A gente humilde, senhoras e senhores, está ao deus-dará, de pires na mão. Falta-lhes o básico do básico. Raimundo vendeu o televisor para comprar comida, pois ele e a esposa estão desempregados e têm duas crianças entre os oito e dez anos de idade. Maria Lúcia, jovem mãe viúva, desempregada e também com duas crianças para oferecer alimento, vendeu o guarda-roupa e o sofá.

Sim, senhoras e senhores, as famílias pobres deste grande país estão entre a cruz e a espada, de bolsos e geladeiras vazios.

Aqui no meu subúrbio, a dois quarteirões da minha casa, conheço outro casal, este com três filhos pequenos, ele auxiliar de pedreiro e ela cuidadora de idosos, ambos na mesma situação de desemprego, que ilustra muito bem este cenário aflitivo. Topei com ambos na última sexta-feira, por volta das oito horas, quando fui à calçada colocar o lixo, pois era o dia do caminhão da prefeitura passar realizando a última coleta da semana. Então o referido casal me abordou.

— Bom dia, patrão! — disse o homem.

— Bom dia! — respondi de imediato.

Imaginem uma coisa dessas, senhoras e senhores: súbito fui elevado à categoria de patrão. Somente pela força das circunstâncias difíceis por que passam aquelas pessoas. Interromperam a trajetória a fim de saber se eu não gostaria de mandar limpar meu quintal e o mato que brota abundantemente do meio-fio e das várias lacunas distribuídas ao longo do piso avariado da minha calçada.

Em tempo, senhoras e senhores, informo que o casal estava guiando uma pequena carroça, puxada por um burrinho magro.

— Faço o serviço por um preço bom.

— E qual seria esse preço bom?

— Barato, senhor: cinquenta reais.

Estimo que o homem, de barba e cabelo crescidos, tenha algo em torno dos quarenta anos de idade. Exibia no rosto afogueado os reflexos de uma vida severina, como no poema do João Cabral de Melo Neto.

Conheço aquele cidadão de vista, como já mencionei. Especialmente porque uns três anos antes o vi literalmente com a mão na massa, trabalhando com um pedreiro que meu vizinho da frente contratara para realizar uma reforma em sua residência. Observei que naquele tempo o hoje carroceiro possuía um carro. Veículo popular e bem usado, é verdade, mas um carro. Estacionava o seu transporte margeando a minha calçada, livrando só o espaço do meu portão maior.

— Tudo bem. Pode fazer o serviço.

— Graças a Deus! Vou deixar minha esposa em casa, aqui perto, e volto logo. Estávamos há dias sem ganhar um tostão.

— Eu me lembro de você trabalhando como auxiliar de pedreiro, aí na casa da frente. Você parava seu carro aqui do lado.

— Pois é. A situação tá complicada; o ramo de servente de pedreiro caiu muito. Tive que vender o carro e comprei essa carroça.

Antes do meio-dia, usando máscara (solicitação minha) e dispondo de uma enxada, uma pá e um vassourão de piaçava, ele deu cabo da limpeza. Pôs todo o mato sobre a carroça para despejá-lo não sei onde.

Limpar quintal, assim na enxada, é tarefa que hoje não posso mais abraçar devido ao meu espinhaço talvez acometido por uma hérnia de disco. Paguei os cinquenta dinheiros cobrados e Francisco (eis o nome do rapaz) pediu que eu agendasse o número do celular dele para alguma outra necessidade.

— Obrigado, patrão! Até a próxima.

— Não precisa agradecer, Francisco.

Não posso contar vantagem, devo salientar, mas é assim que muitos se encontram: às cegas, lutando pelo pão de cada dia.

Enquanto isso, na Sala de Injustiça do Palácio do Planalto, os Superamigos da verba pública, capitaneados pelo Coisa-Ruim, deitam e rolam. Quanto à fome do povo, apenas zombam e gargalham feito o Coringa.

Marcos Ferreira é escritor

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domingo - 25/04/2021 - 08:22h

Escritor e sábio

Por Marcelo Alves

Victor-Marie Hugo (1802-1885) está no Panteão dos franceses. Literalmente, descansando no famoso edifício mausoléu, sito no Quartier Latin de Paris, cujo frontispício reconhece: “Aux grands hommes, la patrie reconnaissante” (“Aos grandes homens, a pátria é grata”). E literariamente, como um dos maiores escritores – de ensaios, de teatro, de poesia e, sobretudo, de romances – nascidos em França, no caso dele, na belíssima Besançon, capital do Franche-Comté.victor-hugo-blog Quem já leu ou ouviu falar de “O corcunda de Notre-Dame” ou “Nossa Senhora de Paris” (“Notre-Dame de Paris”, 1831), “Os Miseráveis” (“Les Misérables”, 1862) e “Os trabalhadores do mar” (“Les Travailleurs de la mer”, 1866) há de concordar comigo.

Todavia, para além de escritor, Victor Hugo foi sobretudo um “sage” (leia-se “sábio”). Mais do que muita sabedoria encontramos na fábula de Esmeralda, Quasímodo e Clode Frollo, que se antagonizam na “Notre-Dame de Paris”. Em “Les Misérables”, aprendemos, até demasiadamente, com a saga de Jean Valjean, a rigidez religiosa de Javert, a miséria de Fantine, o exemplo-exceção de bondade do Bispo de Digne, a malevolência de Gravoche e a infelicidade de Cosette, só no final redimida nos braços de Marius. Com “Les Travailleurs de la mer” eu aprendi algo que nunca esqueci: não podemos vencer a natureza.

Mas, hoje, para confirmar a minha tese sobre a “sagesse” (leia-se “sabedoria”) de Victor Hugo, eu gostaria de chamar a atenção para um título específico de sua vasta obra, aquele provavelmente mais relacionado ao direito, que é “O último dia de um condenado” (“Le dernier jour d’un condamné”, 1829).

Com “Le dernier jour d’un condamné”, o escritor e também homme politique Victor Hugo aparenta-se a Dostoiévski (“Recordações da Casa dos Mortos”, 1862), John Howard (“O estado das prisões”, 1777), Oscar Wilde (“A balada da prisão de Reading”, 1898) ou com os nossos Graciliano Ramos (“Memórias do Cárcere”, 1953), Plínio Marcos (“Barrela”, 1958) e Assis Brasil (“Os que bebem como os cães”, 1975), que tão bem relataram a vida carcerária e a dos seus condenados, cada um com as suas especificações, evidentemente.

Sob os pontos de vista filosófico, sociológico, psicológico e jurídico, o romance de Hugo cruamente nos apresenta o diário de um condenado à morte, anônimo, que não é herói nem vilão, nas últimas 24 horas anteriores a sua execução. Mas como se julga o ato do homem (ou do seu agrupamento em forma de Estado) que decide e impõe a morte a um outro homem? É o que procura fazer o autor.

Trata-se do que os franceses chamam de “roman à thèse”. Serve de libelo contra a pena de morte, tema tão importante para o direito (e aqui já deixo minha assertiva oposição à pena capital imposta pelo Estado). É verdade que a pena de morte, depois de muita luta, está hoje abolida na grande maioria dos países ditos “civilizados”. Mas, com Hugo e seu livro, na França e por onde a sua literatura se irradia, a luta por essa abolição atingiu consciências e sensibilidades.

Poucos fizeram tanto para abolir a “maldita” como o bom reformista/ativista Victor Hugo (e penhoradamente agradecemos!). Até porque, as maiores batalhas da humanidade foram ganhas não só com a razão/inteligência, mas, também, empregando-se a alma e o coração.

Aliás, na edição que possuo de “Le dernier jour d’un condamné” (Le Livre de Poche, 1989), na contracapa, consta:

“V. Hugo escreveu admiráveis poemas, ele escreveu admiráveis romances e admiráveis dramas; mas, para nós, sua obra capital – quando a guilhotina tiver sido definitivamente abolida – será ter ajudado a abolir essa guilhotina. Há algo maior que um grande poeta ou um grande romancista. É um sábio. E há algo mais belo, mais invejável, que a imaginação. É o coração”.

Bom, Victor Hugo redirecionou sua arte para servir a uma das mais nobres causas da humanidade. Quem é mesmo sábio, e não apenas inteligente, tende a ter um bom coração. Podem ter certeza.

Marcelo Alves é Procurador Regional da República, Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e escritor

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Categoria(s): Artigo
domingo - 25/04/2021 - 07:28h

Resposta a um “Funcionário”

Carlos Santos - Caricatura - reduzidaPor Carlos Santos

“Servir só para si é não servir para nada.” (Voltaire)

Meu querido “funcionário” Francisco Edilson Leite Pinto Júnior:

Recebi e publiquei mais abaixo – sua extremada missiva, em que trata de seu vínculo laboral com este Blog, página há muito adotada por centenas e milhares de pessoas sob compromisso diário de leitura. Outras tantas, de forma mais visível, como comentaristas e articulistas. Esse último caso o seu, atesto.

Sua tarefa, bom que fique consignado, tem sido contribuir à formação de uma bolha crítica e quebra do oligopólio da opinião, na chamada “imprensa convencional” – via este Blog. Seu trabalho merece remuneração diferenciada e regular, sempre ensejando cevados reajustes.

– O trabalho dignifica o homem – alardeou o filósofo Hesíodo e eu poderia me valer desse aforismo para – quem sabe – aplacar sua suposta indolência. Não o farei.

Reconheço. Nem tergiverso quanto ao que lhe é meritório.

É um “soldo” que o Blog admite dificuldades em saldar, mas nem assim se sente inibido em cobrar sua maior contribuição a missões tão significativas à nossa civilização.

Claro, muitos podem afirmar que tudo não passa de esforço inglório – seu, meu, nosso. Seria apenas uma gota no oceano de lágrimas de um planeta selvagem e predatório.

Contudo recorro à Madre Teresa de Calcutá para incensá-lo e a outros tantos que pensam da mesma forma:

– Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.

Compreendo o sobrepeso de seus outros afazeres como professor, escritor e médico, uma tríade nobre e que certamente lhe dará o reino dos céus. Para muitos, talvez seja mais uma condenação terrena do que benção celestial.

Tenho ouvido seus murmúrios, testemunho seu alarido, identifico seus desapontamentos e reconheço seu esforço para ser pelo menos razoável nas tarefas principais que adotou, além de ser – também ouço – um esposo nota 10 e um pai zeloso e extremado.

PENSAR É CANSATIVO. Muitos se especializam em tudo, como um Conselheiro Acácio do grande Eça de Queiroz. Em síntese: não se aprofundam em nada. É um fardo conflitar com o status quo, o pensamento dominante e as atitudes tacanhas de uma maioria incapaz de refletir sob a ótica do bem comum. É remar contra a maré.

– Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele – diria Henry Ford.

Seu exercício laboral em nossa “organização” é imprescindível. Cobro-lhe em particular e de público, para dar eco ao que ouço no cotidiano neste mundo virtual e real. Suas  palavras, mesmo que muitas vezes pareçam o apocalipse narrado por Jim Morrison (The Doors) em “The End”, emergem como uma luz.

Se nos faltar energia, talvez sobre sua centelha para nos estimular à incessante luta. Desistir, jamais!

Por favor, não me interprete como um patrão rançoso e afeito ao contorcionismo das palavras, para seduzir seus operários ao trabalho escravo, com a vã promessa de melhorias a posteriori. Sou sincero, tão somente. Falo do fundo d´alma.

Não temas. Não utilizarei de artifícios lúdicos para atrai-lo à labuta e passar ao mundo a imagem de que lhe oferto um ofício sem maiores dificuldades. A máscara nazifascista não me cabe.

No frontispício de Auschwitz I, os judeus que chegavam a esse campo de concentração liam o que parecia uma esperança: “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta“). Era a senha para maus-tratos e morte bárbara.

NESTA PÁGINA, MORRER É NÃO EXERCITAR A PALAVRA, suprimir ideias e tolher o pensamento conflitante. A gente não é obrigado a concordar um com o outro, mas aprendemos desde cedo a respeitar o livre arbítrio e o direito de qualquer um discordar de nós.

Isso é dialética. Sem ela, ainda estaríamos amontoados em cavernas, matando bichos com pedra e paus; apenas subsistindo.

Sem a presunção de Michelangelo diante de seu Moisés, eu pondero que não pares.

É-me significativo lhe adiantar, que não lhe dou ordens. Delego-lhe uma missão. Reproduzo a vontade de milhares de webleitores: “Parla! Parla! Parla!

Se “no princípio era o verbo“, como descreveu o evangelista João, como posso suprimir a criação, a reinvenção e a clarividência do seu pensamento?

Tens direito ao “ócio criativo” orquestrado por Domenico Di Masi, movido apenas pelo diletantismo, cultura e sua inteligência privilegiada. O básico bastaria à sua felicidade, sei.

Contudo, assinalo, nós queremos mais de ti – exemplo de funcionário diferenciado e imprescindível em qualquer corporação.

Recorro a um de nossos ídolos comuns para atestar o reconhecimento de seu esforço e a constatação de suas fragilidades. Posso dimensionar o que é a exaustão, a quase desistência: “Não sois máquinas; homens é que sois!” (Charles Chaplin).

TAMBÉM JÁ QUIS PARAR, CARO FUNCIONÁRIO. A tentação da desistência é recorrente, como uma mazela recidiva. Se tem cura, não sei. Trato de conviver com ela; domá-la pela paixão.

– Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida – proclamou o mestre Confúcio há milhares de anos. Fiz minha escolha. Por isso trabalho tão pouco.

Quase me convenceram a deixar tudo para trás e me ocupar em tarefas menos insalubres, mais rentáveis e que me distanciassem dessa luz, ou daquela centelha que vejo em ti.

Há um brilho incomum em seus textos – por mais amargos que às vezes se revelem. É o brilho dos loucos, de um “maluco beleza” como Raul. Dos que sonham acordados e partilham a utopia de voar, muito superior ao delírio de Ìcaro em seu voo solo fracassado.

Se desabarmos, desabaremos juntos. Por quê?

Porque voamos sincronizados, acreditando que talvez consigamos mais aliados nesse trajeto migratório que pode nos levar da ignorância à sapiência redentora.

Você não está só!

Seu emprego está mantido, caro funcionário. Deixe de moganga; pode voltar ao trabalho.

Carlos Santos – Editor do Blog Carlos Santos

* Crônica publicada no dia 17 de fevereiro de 2013, às 9h44, em resposta à crônica sob o título Carta ao “Patrão”, assinada por Francisco Edilson Leite Pinto Júnior, postada no mesmo dia, há pouco mais de oito anos, às 6h45. Hoje (domingo, 25 de abril de 2021), resolvi republicar ambas (veja AQUI), após uma conversa que tivemos à semana passada, quando esses textos foram lembrados por ele.

* Caricatura de Túlio Ratto.

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domingo - 25/04/2021 - 06:00h

Carta ao “Patrão”

Francisco Edilson Leite Pinto Júnior - FotoPor Francisco Edilson Leite Pinto Júnior

“Há tempo para tudo debaixo do sol. Há tempo de escrever; há tempo de calar!”.

Caro “Patrão” Jornalista Carlos Santos,

Por favor, não me “demita” do seu Blog. Eu sei que faz tempo que não produzo um texto. Mas, saiba que estou acobertado pela Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, que instituiu o programa de empresa cidadã, prorrogando o período de licença maternidade de 120 para 180 dias, ou seja, de quatro para seis meses.

Assim, se levarmos em conta que a minha última “gestação e trabalho de parto” foi exatamente em setembro de 2012, veja que estou dentro do prazo, perfeitamente dentro da Lei. Portanto, só em março de 2013 é que eu teria que produzir mais um filho…

Sim! Meu caro, não tenha dúvida: um texto é como um filho. Muitas vezes, passa nove meses em nossa cabeça – esse útero terrível, como nos ensina Rubem Alves-, pois “Dela tanto pode sair flores e borboletas quanto charcos e escorpiões. De vez em quando ela é invadida pelos demônios das catástrofes e dos horrores”… Outras vezes, a gestação é interrompida e o parto precoce – repleto de contrações e dores-, faz nascer a criança que estava dentro de nós.

Confesso. Admiro sim, quem consegue ter filhos, e escreve como Dipirona: de seis em seis horas. Haja coragem de pagar pensão alimentícia!… Mas não é o meu caso. Talvez por ser cirurgião e também por ser admirador de Nietzsche, só consigo valorizar aquilo que é escrito com sangue, pois sangue é espírito. Imagine, então, caro patrão, se todo dia eu escrevesse, estaria tão anêmico, que nem todas as bolsas de sangue do HEMONORTE restauraria o meu hematócrito… E sem hemoglobina não há oxigênio; sem oxigênio, o filho é um natimorto…

Portanto, desculpe-me o meu egoísmo. Mas, só escrevo quando tenho vontade. Quando a dor é tão intensa que nenhuma morfina é capaz de aliviá-la. Pois ter filhos, caro “patrão”, é doloroso. Escrever é estar doente dos olhos… O prazer da criação e a dor andam juntos, são irmãos gêmeos.

E, por favor, caro “patrão” não me condene pelo meu egoísmo. Até porque se só escrevo para mim é porque escrevo para todos. Como? Aprendi isso com o magnífico Orhan Pamuk, prêmio Nobel de literatura, no seu belo livro “A maleta de meu pai”:

PARA MIM, SER ESCRITOR, É RECONHECER AS FERIDAS SECRETAS QUE CARREGAMOS; tão secretas que mal temos consciência delas, e explorá-las com paciência, conhecê-las melhor, iluminá-las, apoderar-nos dessas dores e feridas e transformá-las em parte consciente do nosso espírito e da nossa literatura. O escritor fala de coisas que todos sabem, mas não sabem que sabem… Se ele usa suas feridas secretas como ponto de partida, consciente disso ou não, está depositando uma grande fé na humanidade. Minha confiança vem da convicção de que todos os seres humanos são parecidos, que os outros carregam feridas como as minhas.”.

Por isso que Guimarães Rosa tem razão quando diz que cada um de nós tem um grande SERTÃO dentro de si… E é por causa desse sertão, que muitas vezes somos incompreendidos, criticados e ridicularizados, já que ninguém sabe o que se passa dentro de cada escritor, durante a sua gestação.

Então, muitas vezes, querem nos corrigir: “Retire essas reticências todas! Acabe com tantas citações, elas nos cansam!” Ora, caro patrão! Veja que todo filho tem que ser mesmo imperfeito. Se Deus quisesse a perfeição não teria feito tantos ingratos, desonestos, mentirosos, oportunistas, invejosos, sanguessugas, etc. etc. E uma raça pura, sem defeitos, não era o que Hitler preconizava?! Por isso, tenho medo da eugenia!

Além disso, caro “patrão”, é bom lembrar que todo escritor tem as suas manias. Enquanto, Faulkner só escrevia pela manhã; Hemingway escrevia de pé. Já Balzac só escrevia bebendo café; e o que dizer de Schiller que guardava na sua escrivaninha maças podres cujo cheiro o embriagava e o estimulava… Eu, arremedo de escritor, mais para “ladrão de citações”, não poderia ficar para trás.

Veja caro “patrão” – e que fique como um segredo só entre nós-, mas a minha inspiração ocorre nos momentos mais inoportunos: ou quando estou debaixo do chuveiro ou dentro do elevador, rumo a uma reunião importante.

E quantas não foram às vezes que tive de interromper o banho e sair todo ensaboado do box, pegar uma caneta, papel e escrever o que a cabeça começava a parir; ou ainda ter que voltar do estacionamento do meu prédio e sentar em frente ao computador, para escrever… Acho que dentro de mim – já que somos muitos como diz o poeta Manoel de Barros: “Eu sou muitas pessoas destroçadas!”-, tem alguém que não gosta de banhos ou de cumprir horários…

Pois bem! Depois de todas essas explicações, espero que o meu processo de “demissão” seja interrompido e que o meu espaço no seu blog (//blogcarlossantos.com.br/) continue o mesmo. Afinal, qualquer tribunal de trabalho dará ganho de causa ao meu pleito.

E eu sei que embora processos não lhe intimida, já que estás respondendo aos 9.865.489 (nove milhões oitocentos e sessenta e cinco mil quatrocentos e oitenta e nove) processos movidos contra a sua pessoa pela antiga gestão municipal de Mossoró, não seria melhor não aborrecermos a justiça com mais essa pendenga?

Até porque outro dia, logo após assistir ao filme “O terminal”, com Tom Hanks, que conta a história de um viajante que impedido de entrar no EUA, passa a viver dentro de um aeroporto, fui dormir e sonhei com uma versão jerimum caboclo: os oficiais de justiça do país de Mossoró, cansados de levarem intimação para o jornalista Carlos Santos, resolvem fazer um abaixo assinado, pedindo que você passe a morar nas dependências do fórum de justiça, pois assim economizaria o tempo deles e também as árvores da mata amazônica… A cabeça é ou não um útero?!

Ah! E não se esqueça do meu pagamento, afinal não acertamos que a sua amizade era o meu salário?!

Então, venha a Natal tomar um café e colocaremos as noticias em dia, ok?

Abs, do seu empregado Edilson Pinto.

Francisco Edilson Leite Pinto Junior é professor, médico e escritor

* Crônica originalmente postada no dia 17 de fevereiro de 2013, às 6h45. A resposta do “patrão” saiu em seguida, no mesmo dia. Aguarde. Vamos reproduzi-la ainda hoje (Domingo, 25 de abril de 2021).

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Categoria(s): Crônica
sábado - 24/04/2021 - 23:56h

Pensando bem…

“O medo do perigo é mil vezes pior do que o perigo real.“

Daniel Defoe

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sábado - 24/04/2021 - 19:58h
Urgência

Prefeitura consegue vacinas para continuar imunização no domingo

Equipe da PMM recebeu lote novo (Foto: PMM)

Equipe da PMM recebeu lote novo (Foto: PMM)

A campanha Mossoró Vacina deste final de semana segue, neste domingo (24), com todos os pontos de vacinação abertos (10) para a aplicação da segunda dose, imunização dos idosos de 60 anos ou mais e dos renais crônicos que fazem hemodiálise. A continuidade ocorre após o município ter recebido 3.070 doses da vacina Astrazeneca/Oxford e 1.400 doses da Coronavac/Butantan.

Os imunizantes só chegaram a Mossoró neste sábado (24).

Inicialmente, a previsão anunciada pelo Estado era que as doses destinadas ao município só seriam entregues domingo, o que fez o prefeito Allyson Bezerra se mobilizar para agilizar a liberação das vacinas junto ao Governo do Estado.

“Liguei para a governadora Fátima Bezerra. Falei para ela que Mossoró vacina todo dia, inclusive nos finais de semana e feriados. Falei que estávamos com as UBS’s abertas e pedi sensibilidade para que ela liberasse as vacinas. Depois, ela nos retornou dizendo que havia determinado que a II Ursap entregasse as doses. No domingo, cedo estaremos vacinando”, assegura.

Escassez

“Vacinamos com o que tínhamos, para que a campanha não parasse. Sempre deixando claro para a população que vacinamos mediante a disponibilidade de vacinas”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas.

Ela complementa:

“Nós vacinamos com a vacina de Oxford, que foi a vacina disponibilizada em maior quantidade nas últimas três semanas. A nossa preocupação era com a Coronavac, mas conseguimos essas doses para continuarmos com a segunda aplicação”.

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Categoria(s): Saúde
sábado - 24/04/2021 - 19:30h
Crise nacional

Pesquisa de Confederação de Municípios mostra falta de vacinas

CNM faz a quinta pesquisa e observa que Governo Federal não consegue superar problemas (Foto ilustrativa)

CNM faz a quinta pesquisa e observa que Governo Federal não consegue superar problemas (Foto ilustrativa)

quinta edição da pesquisa semanal realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com o objetivo de ter o panorama do enfrentamento da pandemia pelos Entes locais mostra que há pacientes intubados em Unidades de Pronto Atendimento (Upas) em pelo menos 182 Municípios.

O levantamento mostra, ainda, que quase ¼ dos Municípios pesquisados parou a vacinação nesta semana por falta de imunizantes para a primeira dose. A CNM ouviu 2.096 Municípios entre os dias 19 e 22 de abril.

Uma grande preocupação por parte dos gestores é a falta de medicamentos do chamado “kit intubação” e de oxigênio.

Ministro

O tema vem sendo levantado pela CNM desde a primeira edição da pesquisa e foi destaque em reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta segunda-feira, 19 de abril, quando falou sobre as ações do governo para garantir o suprimento dos insumos.

A pesquisa aponta uma melhora neste cenário ao longo das últimas semanas, apesar de ainda preocupante. Nesta semana, 591 Municípios relataram ter risco iminente do hospital da região ficar sem o “kit intubação” e 171 relataram esse risco para oxigênio.

Na semana passada, esses números eram 975 e 391, respectivamente. No início de abril, eram 1.207 e 589 nessa situação. Os dados desta quinta edição apontam, ainda, que pelo menos 745 Municípios ficaram sem o kit em algum momento deste ano.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
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sábado - 24/04/2021 - 19:00h
RN

Walter Alves sugere auxílio para pessoal de bares e restaurantes

Walter apresentou sugestões nas redes sociais (Foto: arquivo)

Walter apresentou sugestões nas redes sociais (Foto: arquivo)

O deputado federal Walter Alves (MDB-RN) usou as redes sociais para defender a criação, por parte do Governo do Estado, de um auxílio para os trabalhadores de bares e restaurantes do Rio Grande do Norte. “É um dos setores mais atingidos. São milhares de empregos gerados, e os trabalhadores estão desamparados com a crise econômica do setor”, escreveu.

O parlamentar lembra que o mecanismo foi usado no Ceará. No estado vizinho, o Governo criou uma série de medidas, entre elas, auxílio de R$ 1 mil para os trabalhadores do setor que estão desempregados; parcelamento das dívidas de ICMS com e isenção do IPVA 2021.

No Rio Grande do Norte, o Governo anunciou algumas medidas, mas de acordo com Walter Alves, é preciso avançar. “Precisamos ir além do que já foi anunciado para que as pessoas tenham as suas vidas e condições econômicas preservadas. Soluções devem ser buscadas para que os empregos existentes sejam preservados. Precisamos avançar no diálogo”, completou.

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Categoria(s): Política
sábado - 24/04/2021 - 18:28h
Covid-19

Falta de “kit intubação” pode gerar ambiente de terror em hospital

lote de medicamentos que integram o chamado kit de intubação não faltariam, dizia governo (Foto Antônio Américo/Sesa)

lote de medicamentos que integram o chamado kit de intubação não faltariam, dizia governo (Foto Antônio Américo/Sesa)

Sedativos usados em intubação chegaram ao esgotamento no Hospital São Luiz em Mossoró, utilizado como hospital de campanha.

Há semanas, o hospital tem pedido a familiares de internados que obtenham alguns remédios (seja lá como for).

O “kit intubação” fabricado no país não está atendendo à alta demanda no atendimento a pacientes com Covid-19.

Problema também chegou a hospitais privados. Não é apenas na rede pública.

Difícil encontrar bloqueadores neuromusculares, sedativos e anestésicos disponíveis.

– Eu saí de lá angustiado. Pode acontecer aqui o que já ocorre em outras partes do Brasil, com pacientes amarrados a leitos – relata médico em conversa com nossa página.

“Essa medicação – Midazolam 5mg/ml – foi pedida à família de uma pessoa que está lá internada. Estamos todos correndo atrás e não conseguimos”, comentou com o Blog Carlos Santos uma outra fonte.

“A gente observa também que os próprios remédios estão com menor eficácia e por isso mais doses precisam ser aplicadas”, alerta outro médico.

Há poucos dias publicamos essa postagem.

Leia ou releia: Quase mil municípios temem ficar sem kit intubação.

Em Nota Oficial, o Ministério da Saúde garantiu que mais de 2,3 milhões de medicamentos do kit intubação começaram a ser distribuídos na sexta-feira (16). Os insumos foram adquiridos na China e doados ao governo federal por empresas como Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
sábado - 24/04/2021 - 08:41h
Vacinação

Mossoró pede ao Estado doses da Coronavac que estão em estoque

Município quer tratamento igualitário para poder manter ritmo de vacinação que está avançado (Foto ilustrativa)

Município quer tratamento igualitário para poder manter ritmo de vacinação que está avançado (Foto ilustrativa)

A Prefeitura de Mossoró solicitou ao Governo do Rio Grande do Norte doses extras para continuidade da vacinação contra a Covid-19, com Coronavac, tendo em vista a escassez do imunizante no Brasil, decorrente do atraso na importação de insumo da China.

Pedido igual foi feito pela Prefeitura de Natal, que conseguiu com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP/RN) repasse de 2.800 doses extras, da chamada reserva técnica do Estado.

Assim, Mossoró aguarda receber o mesmo tratamento dado à capital, a fim de manter o avançado calendário de imunização, que coloca o município como destaque em matéria de vacinação no Estado.

Ação preventiva

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, a preocupação com a possibilidade de faltar vacina do Butantan em Mossoró precisa ser levada em consideração pela Sesap.

“Esse problema é nacional e ocorre porque o laboratório fabricante parou a produção por falta de insumos. Eles chegaram da China com 10 dias de atraso”, explica.

Nesse contexto, a Prefeitura de Mossoró age preventivamente, segundo ela, pois ainda não há falta da vacina Coronavac/Butantan no município. A Secretaria Municipal de Saúde confirma dispor de doses, guardadas para uso exclusivo na segunda dose.“Porém, assim como vem acontecendo em outras cidades, Mossoró não está livre do risco de ter que suspender a vacinação com Coronavac, em decorrência da escassez do imunizante”, alerta Morgana.

Menos doses

A secretária ressalta outro problema, que também afetou as reservas da Coronavac em Mossoró. Trata-se de ampolas com 9 doses ou até menos, quando deveriam possuir 10 doses.

“Este problema sério foi relatado por cidades e estados de todo o Brasil. Nós não tínhamos as 10 doses nas ampolas da Coronavac, mas, para fins de registro, as dez doses estavam lá presentes como doses perdidas, quando na verdade elas nem existiam. Isso obrigou até uma alteração na ferramenta do RN Mais Vacina”, explica.

Leia também: Dez UBS’s abrem para vacinação sábado e domingo em Mossoró.

Nota do Blog – O problema em Natal de falta de doses foi decorrente da aposta de que o Governo Federal cobriria necessidades e que tudo estaria garantido. Confiou demais e errou. Em Mossoró, o caso é outro. Literalmente, o município avançou na cobertura vacinal e não pode ser punido pela eficiência.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
sexta-feira - 23/04/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“O começo é sempre hoje.”

Mary Wollstonecraft

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