• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 22/04/2018 - 09:00h

Lirismo torto

Por François Silvestre

Quem nasceu no pé da serra, e depois subiu a serra, e depois morou na serra, tem por destino certo viver com a cabeça nas nuvens.

Quem nasceu na beira do rio, e depois entrou no rio, e depois nadou no rio, tem por destino certo viver contra a correnteza.

Quem nasceu na praia do mar, e depois entrou no mar, e depois nadou no mar, tem por destino certo enfrentar a força das ondas.

Quem nasceu na beira do mato, e depois entrou no mato, e depois se perdeu no mato, tem por destino certo ser presa do caçador.

Quem nasceu na entrada da rua, e depois entrou na rua, e depois morou na rua, tem por destino certo enganchar-se na multidão.

Quem nasceu na franja da bandeira, e depois marchou com a bandeira, e depois se enrolou na bandeira, tem por destino certo fugir de todos os hinos.

Quem nasceu ouvindo hinos, e depois cantou os hinos, e depois ensinou os hinos, tem por destino certo fugir de todas as bandeiras.

Quem nasceu na porta da biblioteca, e depois se fez de biblioteca, e depois sumiu na biblioteca, tem por destino certo esconder-se por trás dos livros.

Quem nasceu no patamar da igreja, e depois entrou na igreja, e depois rezou na igreja, tem por destino certo duvidar das orações.

Quem nasceu na rua do fórum, e depois entrou no fórum, e depois conheceu o fórum, tem por destino certo zombar da pompa forense.

Quem nasceu ao som da política, e depois entrou na política, e depois conheceu a política, tem por destino certo a escolha entre a mentira ou a fuga.

Quem nasceu na escada da escola, e depois entrou na escola, e depois aprendeu na escola, tem por destino certo rever quase tudo que aprendeu.

Quem nasceu no primeiro verso do soneto, e depois atravessou os quartetos, e conseguiu passar dos tercetos, tem por destino certo desvencilhar-se das rimas.

Quem nasceu no escuro do mofumbo, e depois saiu do mofumbo, e viu a luz pelas mãos da parteira, tem por destino certo rir-se da vida e desdenhar da morte.

Quem nasceu na porta do bar, e depois entrou no bar, e depois se embriagou no bar, tem por destino certo recitar a verdade do vinho.

Té mais.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 22/04/2018 - 08:24h

Liberdade e conhecimento

Por Honório de Medeiros

Uma das consequências do mundo virtual de hoje, ou pós-modernidade, se assim o quiserem denominar, é que somos todos ignorantes no geral e conhecedores no particular. Sabemos cada dia mais acerca de cada dia menos, e, nesse ritmo, talvez saibamos, um dia, individualmente, quase tudo acerca de quase nada.

Isso me lembra algo vivido na adolescência: um Congresso Internacional de Fitopatologia, promovido pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), para o qual se anunciou a presença de um belga, professor-doutor, especialista na reprodução de um tipo de mosca sazonal, somente existente em nossos litorais. Ou seja, sabia quase tudo acerca de quase nada.

A verdade é que nosso cérebro possivelmente não suporte fazer a síntese de todo o conhecimento específico ao qual temos acesso, para então estabelecermos generalizações consistentes.

Os troncos que compõem o nosso conhecimento geral, Marx, Freud, Darwin, Einstein, e alguns outros, para ficarmos no século XX, aos poucos estarão de tal forma diluídos na nossa memória, que o conhecimento específico possível e atual, consequências dessas teorias fundantes, de tão afastado do original que o precedeu, dele somente guardará, se guardar, pálida lembrança. É o que se observa, por exemplo, nas citações de trechos descontextualizados de pensadores, possíveis de serem encontrados em trabalhos acadêmicos, com os quais guarda vaga relação.

Vejamos o exemplo da produção dita científica nos mestrados e doutorados, hoje: de tão especializada se apresenta que seus elaboradores passam a ver a realidade por um olho só, quando deveriam ser como Ladão, o dragão com corpo de serpente da mitologia grega, guardião do Pomo das Hespérides, que tinha cem olhos.

Caso queiramos pensar em profundidade, estabelecendo as conexões possíveis do presente com o passado intelectual comum à espécie humana, teremos sempre que nos reconstruir teoricamente, buscando reiteradamente nossas fundações intelectuais, em uma escala que não tem fim, dado o conhecimento existente.

Onde iremos parar?

Não há tecnologia que nos permita esse maciço empreendimento de inferências, de intuições e deduções, partindo-se de premissas gerais que nos conduzam às conclusões possíveis, após relacioná-las com as infinitas possibilidades que são os fatos ou fenômenos atuais.

Experimentem teclar, por exemplo, no Google, o verbete “marxismo”, e constatem a quantidade de textos ao qual o leitor tem acesso!

Assim, em consequência, encastelados em nichos de saber, seremos cada vez mais manipuláveis, posto que os fundamentos do conhecimento que alicerçam nossa compreensão acerca do que nos cerca, como a questão da liberdade, está se esgarçando rapidamente.

Acaso as novas gerações se dão conta das causas e do contexto no qual surgiu a discussão acerca da liberdade?

Sabem do titânico choque de ideias entre Platão e os Sofistas no que diz respeito à relação entre o Homem e sua Realidade Moral? Entendem que a vitória de Platão e o consequente exílio intelectual dos sofistas conduziu a civilização ocidental a um longo período de trevas no que diz respeito à liberdade?

Esgarçamento que ocorre, também, em decorrência da necessidade inexorável de vivermos vertiginosamente uma realidade que não compreendemos, de tão fugaz e complexa, de não podermos parar para compreendê-la, o que torna possível a reconstrução diária, por parte de quem controla a mídia, por exemplo, do sentido do que seja liberdade, ao seu gosto e interesse.

Esse é o processo do qual são criadores e criaturas as elites dominantes.

Não vivemos uma plenitude intelectual; sobrevivemos enquanto espasmos.

Somos iludidos e nos auto-iludimos. Estamos hoje tão nus intelectualmente falando, no que diz respeito ao conhecimento geral, quanto nossos ancestrais mais remotos, quando lutavam em meio hostil, caçando e coletando, muito embora as selvas, os desertos e o gelo, onde nos debatemos hoje, sejam de outro tipo.

Como não podemos Conhecer, com C maiúsculo, somos manipuláveis.

Somos crianças com os conhecimentos específicos necessários para sobrevivermos e alimentarmos a realidade que nos nutre e da qual nos alimentamos. Sabemos, como dito acima, cada dia mais acerca de cada dia menos. Sabemos quase tudo, cada dia, sobre quase nada. Este é nosso destino, nossa glória, nosso ocaso…

E como sabemos cada dia mais acerca de cada dia menos, e somos impelidos a tal, e aceitamos, para sobrevivermos na superfície da realidade, com uma extrema especialização decorrente da divisão do trabalho que nos é imposta, perdemos o contato com o restante do todo, e, em nossa ignorância quanto a esse fato, nos curvamos aos que vêm nos dizer o que nós somos e como devemos fazer em relação às pessoas, às coisas e aos fenômenos.

Somos instados, manipulados, a não perguntarmos acerca do que nos dizem ou escrevem, para não escutarmos que se não nos perguntam acerca do que conhecemos, porque devemos indagar acerca do que não conhecemos?

Cada qual com seu cada qual. É dessa forma, por exemplo, que as finanças públicas, constituídas pelo nosso suor, às vezes nosso sangue, são um verdadeiro mistério.

Razões de Estado, diriam…

Viveremos, no futuro, como os seres humanos de Matrix, sonhando que viviam, quando viviam para sonhar, enquanto a máquina que os mantinha imersos em sonhos, e que é uma alegoria do Estado, se nutria desse sono eterno?

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
domingo - 22/04/2018 - 07:54h

Joaquim Barbosa é o outsider?

Por Odemirton Filho

Com a filiação do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), um novo nome surge no cenário político das eleições deste ano.

É certo que o ministro ainda não definiu a sua candidatura, nem se o partido que abriga seu nome vai colocar a legenda à disposição para que possa concorrer às eleições presidenciais deste ano.

Entretanto, se realmente for disputar a Presidência da República, é uma novidade que precisa ser considerada. Tanto é assim que em recentes pesquisas o seu nome já aparece na preferência do eleitor.

No cenário político atual, marcado pela polarização entre Lula e Bolsonaro, o nome do ministro é um alento à política brasileira. De origem humilde conseguiu galgar o posto maior do Judiciário brasileiro.

Não é fácil para uma pessoa que vem de uma classe social menos favorecida conseguir alçar posto de tamanha envergadura.

Segundo os analistas a sociedade brasileira quer um nome fora da política tradicional, que carregue a marca da honestidade, atributo tão carente no meio político.

Outsider significa, no tocante à política, alguém de “fora”, que não faz parte de determinado agrupamento social, que pensa diferente.

A meu ver é o que estamos precisando. Alguém que fuja do fisiologismo que marca há muito a política do Brasil. Longe dos compadrios e dos conchavos. Que tenha pautado sua vida com zelo e honestidade.

Em outras palavras que inspire respeito e credibilidade.

Pesa contra o ministro, é certo, o fato de não ter experiência no Executivo, ou de não ter exercido qualquer cargo eletivo.

Embora tenha conduzido o processo do “mensalão” alguns o consideram inapto para assumir o mais alto posto da República, sobretudo, nesses tempos de instabilidade e radicalismo.

Não se pode antever se a candidatura do ministro vingará, bem como se irá cair na graça do eleitor, porém, é mais uma opção que nós poderemos ter dentre os pré-candidatos até agora conhecidos.

Desta forma, seja o ministro Joaquim Barbosa ou outro nome que apareça no cenário das eleições deste ano, precisamos “pinçar” alguém de fora do tradicionalismo político brasileiro, pois, há muito, estamos padecendo pelas escolhas que fizemos ao longo do tempo.

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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domingo - 22/04/2018 - 07:12h

Bodegas sertanejas

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Nas décadas de 1950 e 1960, a bodega do Seu Raimundo Galdino, localizada ao lado da igreja do distrito de Caracará, município de Sobral-CE, a quatro quilômetros da propriedade do meu avô (Fazenda Aracati), era muito surtida e a única existente naquela vila. Ocupava a sala da frente da residência de seu proprietário.

Não fechava para o almoço e funcionava de maneira ininterrupta, das cinco horas da manhã até às oito horas da noite. Funcionava inclusive nos domingos e feriados.

Às vezes, abria de madrugada, quando algum freguês batia em sua porta, solicitando a compra de medicamentos para dor de dente, diarreia, dor de cabeça, vômito, febre ou azia, ocasião em que o Seu Raimundo Galdino oferecia as poucas opções do seu estoque de medicamentos populares (Cibalena, Cibazol, Melhoral, Sonrisal, Elixir Paregórico, Óleo de Rícino, Pílulas de Vida do Dr. Ross, Pílulas de Matos, Mercúrio Cromo e mais uns poucos outros remédios).

A frente do prédio era de duas portas e tinha um alpendre com um banco de carnaubeira deitada, sobre duas forquilhas de aroeira fincadas no chão. Embora a construção fosse de taipa, o piso era de cimento vermelho e a coberta de telhas artesanais, com uma calha de estirpe de carnaubeira no beiral do alpendre, formando uma bica, onde, no período das chuvas, a meninada tomava banho. Nos fundos da bodega, ao lado das prateleiras de madeira, havia uma porta, que se comunicava com a residência do proprietário.

No oitão da bodega tinha um poste de bambu, bem alto,  com uma antena de rádio na extremidade. No interior da bodega, sobre uma pequena mesa de pau-branco, estava um rádio Philips a válvula, ligado a uma bateria de caminhão, que só pegava na frequência AM (ondas médias e curtas), pois ainda não existia FM.

O rádio da bodega funcionava o dia todo, com muito chiado, retransmitindo a programação da Rádio Iracema de Sobral. Só era desligado à noite, quando começava a Hora do Brasil.

O balcão de madeira, revestido com folha de zinco, exibia algumas moedas antigas furadas (pataca, cruzado e vintém), fixadas  por pregos na parte de cima do balcão. Na extremidade do balcão, uma passagem com dobradiças de couro, que permitia levantar o tampo do balcão, quando o bodegueiro necessitava sair para pegar algum produto pendurado nos caibros do espaço externo.

A balança de pratos, a lâmina de cortar fumo de rolo, a guilhotina de partir rapadura, o rolo de papel de embrulho e a gamela com toicinho de porco salgado (sal preso) ficavam sobre o balcão.

A pobreza regional era tão grande que a rapadura podia ser vendida em pedaços. Era comercializada por unidade, por banda (meia rapadura) ou ainda  por pedaço de um quarto de rapadura. A lata de querosene (da marca Jacaré), com a bombinha de zinco, para bombear o querosene, acoplada a ela, localizava-se sobre um estrado de madeira no canto da parede.

Os gêneros alimentícios podiam ser comercializados no peso ou no volume. No litro eram vendidos farinha de mandioca, milho, feijão-de-corda e arroz-vermelho em casca. O litro era feito de madeira e tinha a forma quadrada. O produto era colocado dentro do litro, com o auxílio de um casco de cágado.

O toicinho, a linguiça caseira, a carne de sol, a tripa de porco salgada, as carnes verdes (de bode, ovelha ou de porco), a banha de porco, o açúcar, o sal grosso, o café em grão,  a goma de mandioca e outros alimentos eram vendidos por quilo. Comprava-se o sal grosso na bodega e em casa pilava-se no pilão, pois naquela época não existia sal moído.

Seu Raimundo Galdino tinha muita prática de embrulhar com papel de embrulho, usando os dedos, os produtos vendidos, pois os gêneros alimentícios não eram acondicionados em pacotes, tudo vinha à granel.

Para o querosene tinha medidas apropriadas, feitas de zinco, que depois de cheias eram despejadas na garrafa do freguês, usando um funil de zinco. Cada residência tinha sua garrafa de comprar querosene, a qual era transportada pendurada no dedo indicador do freguês, pois a mesma  tinha um barbante amarrado no gogó, que terminava em laço, para pendurá-la no dedo.

A manteiga de garrafa, o óleo de coco, o mel de abelha (jandaíra ou mandaçaia) e o mel de engenho eram comercializados em garrafas de 600 ml.

A bodega vendia de um tudo, pois na vila não existiam lojas nem farmácias. Além de alimentos, lá se comprava ferragens (enxadas, pás, machados, facas, lamparinas, ralo de flandres para ralar milho verde, facões, pregos e arame farpado); remédios populares; aviamentos (elásticos, cianinhas, bicos, linhas, agulhas, botões etc); aspiral para repelir muriçocas; sabão da terra, sabonetes, creme dental, chinelas de rabicho de sola e de pneu (tiras de couro e solado de pneu de automóvel); louças de barro (panelas, potes, quartinhas etc); cestos de cipó; artigos feitos com palha de carnaubeira (chapéus, bolsas, esteiras, urus, vassouras, surrões e outros); urupemas; abanos;  cuias; cuités; gamelas; cochos e outros utensílios domésticos.

Parede e meia à bodega, morava Seu João Enfermeiro, um profissional da área da saúde que tinha muita habilidade e prática para curar as enfermidades dos habitantes daquela comunidade rural. Era um misto de enfermeiro, farmacêutico, dentista e de médico. Ele encanava braço, arrancava dente, aplicava injeção no músculo (não aplicava injeção na veia), costurava, com linha zero e agulha grande de coser tecidos, facadas e outros ferimentos e vendia meizinhas (raizes, folhas e outras partes de plantas medicinais, sebo de carneiro capado e banhas de animais, como banha de tejo, de raposa, de cobra cascavel, de galinha, de traíra, de cágado e de jia).

A mulher do bodegueiro, Dona Ciça, era parteira e rezadeira, pois curava quebranto, espinhela caída, mau olhado, moleira caída e outras doenças de crianças. Ela também curava, no rasto, bicheiras dos animais, com suas rezas.

Uma coisa que me chamava a atenção era a convivência pacífica de três animais que ficavam soltos, o dia todo, dentro da bodega, sem brigas. Uma gralha cancão para comer baratas, um gato para pegar ratos e um cachorro de estimação e guarda. Interessante que o gato e o cachorro eram adestrados para não comerem as carnes, toicinho e linguiça da bodega. Eles só se alimentavam em horário certo e dentro da casa do bodegueiro, nunca no interior da bodega. Também, o gato não perseguia o cancão.

A bodega do Seu Raimundo Galdino vendia doses de cachaça no pé do balcão, com tira-gosto de queijo de coalho. A cachaça vinha em ancoretas feitas de imburana, sobre lombos de animais, da Serra da Meruoca.

Seu Raimundo Galdino era um senhor de muito respeito, imprimia em sua bodega um ambiente familiar, onde mulheres e crianças faziam compras com segurança. Embora fosse um estabelecimento comercial de muita ordem e seriedade, não deixava de ser também o local onde as notícias e as fofocas chegassem em primeira mão.

As novidades, como doenças, queda de cavalo, chifrada de touro brabo, coice de vaca, coice de burro ou de cavalo sofrido por algum membro da comunidade, primeiramente, eram noticiadas, de boca em boca, a partir do bodegueiro.

Ele tinha prazer em comunicar, em primeiríssima mão, as novidades locais e as notícias que captava pelo rádio. Quando alguma mocinha da vila engravidava, também ele era o primeiro a saber, pois seu vizinho, João Enfermeiro vendia Cabacinha e Babosa para fazer chá para abortar e ele não se continha em não contar para o seu vizinho e compadre Raimundo Galdino o segredo precioso de quem comprava estas ervas.

O bodegueiro sabia a vida de todos os habitantes da vila Caracará e vizinhanças.

Quase todas as compras neste ponto comercial eram feitas fiado, na caderneta, para serem pagas, semanalmente, no sábado à tarde, embora um cartaz pregado na parede anunciasse: FIADO SÓ AMANHÃ.

Benedito Vasconcelos Mendes é professor, escritor, ex-diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM, hoje Ufersa) e criador do Museu do Sertão

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
domingo - 22/04/2018 - 06:32h

Pensar o desenvolvimento do RN não é tão difícil como dizem

Por Gutemberg Dias

O Rio Grande do Norte é um estado que tem grandes potencialidades econômicas as quais que devem ser melhor trabalhadas a partir de ações governamentais que possam pavimentar o fortalecimento das cadeias produtivas que estão ativas e, também, planejar a estruturação de novos polos de desenvolvimento.

O governo do estado, através do IDEMA, elaborou um estudo anos atrás que tinha foco no mapeamento de áreas para investimento econômico. O estudo foi denominado de Atlas para a Promoção do Investimento Sustentável no RN, tendo sido publicado em 2005 no governo da então governadora Wilma de Faria.

Esse estudo foi dividido em três partes: a Zona Homogênea Mossoroense, Zona Homogênea Seridó e Zona Homogênea Litoral Leste. Cada tomo desse traz um conjunto de informações que é de extrema importância para quem deseja investir no Estado, além de ter gerado para a administração subsídios para o planejamento macroeconômico do Rio Grande do Norte.

Encontrar esse documento não é muito difícil (veja AQUI). Basta acessar o site do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), que os volumes estarão disponíveis para acesso online ou download.

Outro estudo de grande valia foi desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN). Trata-se do “Mais RN (veja AQUI). Traz um planejamento estratégico de desenvolvimento econômico do RN para um horizonte de 2016/2035. As informações que constam desse estudo, como aquelas inseridas no Atlas, são muito valiosas para balizar um rumo para o nosso combalido estado.

A pergunta que não quer calar: como um estado com informações relevantes como essas que estão nos documentos citados acima, não consegue estabelecer um planejamento estratégico com foco em políticas de Estado e não de governo? Fico pensando que os gestores não se apoderam dessas informações para traçar os rumo do Rio Grande do Norte, essa é a única explicação.

Daqui uns dias teremos alguns postulantes ao governo do estado apresentando seus respectivos planos de governo. Sei que muitos desses candidatos tratam o “Plano de Governo” como uma mera peça formal para o registro das suas candidaturas. Mas, como sei que, também, teremos candidatos que pensam diferente, sugiro desde já que suas assessorias se apoderem do conteúdo desses documentos e incorpore aquilo que considerarem mais relevantes para alavancar a economia aos seus planos de governo.

Não adianta querer inventar a roda. O negócio é aproveitar o máximo os dados gerados por esses projetos e estruturar um plano que esteja além do governo que cada um candidato projeta. É preciso olhar o Rio Grande do Norte para 2050 e não apenas para os próximos quatro anos.

Será que os nomes que se projetam estão preparados para ver além do seu mandato?

Para mim não tem outra saída para nosso querido RN se não for a partir de um planejamento estratégico sério e, sobretudo, pautado nas suas potencialidades econômicas e, também, na questão de investimentos na sua infraestrutura.

Não tenho dúvida alguma quanto à capacidade de retomada do desenvolvimento econômico estadual que terá como consequência a capacidade do Estado desenvolver políticas públicas com foco no bem estar da população.

O RN tem jeito, o que falta é alguém como o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), que assumiu aquele estado com um plano estratégico já estruturado e hoje tem quase 100% do que planejou realizado.

Temos que deixar de lado esse modelo arcaico de administração pública. Inovar será o grande desafio do próximo governador ou governadora do Rio Grande do Norte.

Gutemberg Dias é graduado em geografia, professor da UERN e empresário

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domingo - 22/04/2018 - 05:50h

Fator Nobel

Por Paulo Linhares

Tudo a parecer  com a famosa “Batalha de Itararé”, aquela que jamais aconteceu embora tenha gerado enormes expectativas em 1930, episódio celebrizado por um dos pioneiros do humorismo brasileiro, Aparício Torelly que, mesmo já no Brasil republicano, passou a ostentar  título de “Barão de Itararé”.

Assim foi, também a expectativa que se gerou com a prisão do ex-presidente Lula: enquanto os antilulistas esperavam fosse ele conduzido numa daquelas carroças que, nas ruas de Paris, na época da Revolução Francesa, levavam os prisioneiros, sob apupos e impropérios da população, destinados à guilhotina, os seus partidários previam o juízo (quase) final do Brasil, com hordas descer dos morros e outras,  os “sem-terra” a bloquear estradas e saquear cidades.

Nada aconteceu. Depois de uma dramática ‘resistência’ no simbólico Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, onde o fenômeno Lula começou, este resolveu ir para a prisão no Califado de Curitiba, afinal, ordem judicial não se discute,  cumpre-se.

É bem certo que, na semana seguinte, não se falou noutra coisa, no Brasil e na grande imprensa mundial. A favor ou contra a prisão de Lula quase tudo foi dito.

Aliás, a suposta resistência armada pró-Lula, bravata que transpirou nas redes sociais,  gerou a mesma decepção da pomposa ação retórica do apoio ao ex-presidente João Goulart, em 1964, pelas tropas navais de Cândido Aragão, o “almirante do Povo”. Tiro n’água.

Certo ou errado, Lula está preso. O mundo não acabou. Sequer ocorreu o vaticínio do famoso samba de Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro “O dia em que o morro descer e não for carnaval”. Nem as hordas de sem-terras comandadas por Pedro Stédile  deram o ar de sua ‘graça’, foices e machados em riste. Nada.

Alguns rojões esparsos e uns poucos pneus queimados apenas. Só muita conversa, a favor ou contra.

Frustrações mesmo foi para o ‘povo’ da Globo e congêneres que compõem o baronato da imprensa conservadora, que esperavam o sangue dar no “meio da canela” e uma fuga espetacular de Lula para um exílio imponderável que seria habilmente explorada como uma cabal e definitiva confissão de culpa.

‘Mala’ como é, o líder petista buscou tirar do episódio de sua prisão toda energia política possível. E conseguiu, na medida em que os olhos do mundo se voltaram para o edifício-sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e plasmou a atenção da imprensa mundial, sobretudo, pelas suspeitas que pairam de que Lula seria vítima de típico caso de “lawfare”, palavra inglesa que significa o uso de manobras e instrumentos judiciais para conseguir objetivos políticos-eleitorais, em especial, para evitar candidatura de adversário político.

Do ponto de vista eleitoral, já é visível que o cacife de Lula aumentou com sua prisão espetaculosa, embora as chances de uma candidatura sua à presidência da República sejam remotíssimas. Resta saber se esse prestígio terá ‘gás’ para chegar às eleições de outubro deste 2018. Aliás, essa é uma equação (política) de muitas incógnitas e, portanto, de solução difícil e demorada que, quase sempre pode apontar para novas e inesperadas possibilidades.

Embora uma libertação de Lula seja, no curto  e médio prazos, algo difícil de ocorrer, uma dessas incógnitas pode levar a questão a outro patamar: ele é forte concorrente ao Prêmio Nobel da Paz, concedido pelo Comité Nobel Norueguês (em norueguês: Den norske Nobelkomite) que é um órgão independente, composto por cinco pessoas, nomeadas pelo Parlamento da Noruega.

Agora, certamente para pressionar o Comitê, recentemente o Ministério Público Federal (MPF) está acusando danos ambientais graves a empresa Hydro Alunorte (do grupo Norsk Hydro), maior fábrica de alumínio do mundo, controlada pelo governo norueguês e instalado no Município de Barcarena, Estado do Pará.

A Noruega, que apresenta o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os países do mundo, certamente se constrange com a acusação de promover degradação ambiental justo na região amazônica, cuja proteção faz parte da agenda do Estado norueguês.

Claro que não é mera coincidência essa ação conjugada do MPF e órgãos federais de proteção ambiental, apesar de não se poder afirmar que seria mera invencionice esses problemas de danos ao meio ambiente amazônico. Por isto não será surpresa, também, se o Nobel de Lula descer por esse ralo.

Quem viu a recente série norueguesa da Netflix intitulada “Nobel”, que mostra os megas interesses econômicos e políticos que permeiam a concessão desse prêmio e o vinculam aos interesses estratégicos do Estado norueguês, sabe o que pode estar em jogo na versão do Nobel da Paz 2018. Vale a espera para ver no que resultará esse Fator Nobel.

Paulo Linhares é professor e advogado

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domingo - 22/04/2018 - 04:58h

Retomada do emprego em setor cimenteiro só em 2019

Por Josivan Barbosa

A indústria cimenteira tem expectativa de reverter a rota de queda do consumo no mercado brasileiro na virada do segundo para o terceiro trimestre. O setor enfrenta uma profunda retração nas vendas – e nos preços do produto – desde o fim de 2014.

A expectativa é fechar o ano com aumento de 1% a 2% no volume de vendas sobre as 53,6 milhões de toneladas de 2017. O desempenho do ano passado registrou retração de 6,7% frente ao volume vendido em 2016.

Com uma queda acumulada de 24,5% no período 2015-2017, a capacidade ociosa do parque industrial cimenteiro do país está na faixa de 47%.

Em termos regionais, a recuperação da indústria cimenteira pode devolver a Mossoró e região parte do empregos que era gerada pela indústria do petróleo. Há três fábricas instaladas próximas à Mossoró, sendo que duas ainda não operam com a capacidade máxima.

Saque do PIS/Pasep será liberado para todos

A decisão de autorizar o saque em todas as contas do PIS/Pasep tem apoio de grande parte do governo, que considera que os impactos serão positivos para a economia sem descapitalizar totalmente o fundo.

O relator da MP, senador Lasier Martins (PSD-RS) já recebeu sinal verde do Planalto para incluir esse aditivo. Há apenas uma trava, incluída no projeto, de que os saques para quem tem menos de 60 anos deverão ocorrer até 29 de junho de 2018, prazo que pode ser prorrogado até 28 de setembro se for de interesse do Executivo. Após essa data, os saques voltariam a ficar restritos a quem tem mais de 60 anos (ou 70 anos, caso a MP não seja aprovada).

Para valer a nova regra dos saques liberados para todos os cotistas, a MP terá que ser aprovada ainda pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado até 1º de junho. As perspectivas para isso são favoráveis: a proposta é pouco polêmica, tem a simpatia da população e apoio da base do governo e da oposição (o presidente da comissão era do PT).

Esses dois fundos são compostos por contribuições dos trabalhadores até 1988, quando, com a nova Constituição, foram suspensos os aportes e direcionados para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Saque do FGTS

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou projeto que permite o saque da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mesmo em caso de pedido de demissão do próprio trabalhador. A proposta segue para análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Atualmente a legislação permite a movimentação da conta vinculada em 18 situações distintas, com destaque para a demissão sem justa causa e aposentadoria.

FGTS como garantia de consignado

Pelo acordo firmado entre governo, Febraban e ABBC, os testes para realização de crédito consignado com garantia do FGTS seriam iniciados em maio para que, no início do segundo semestre, esteja disponível aos trabalhadores.

Bacia potiguar em oferta permanente da ANP

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou a inclusão, no Primeiro Ciclo da Oferta Permanente de Áreas, dos 46 blocos não arrematados na 15ª Rodada de Licitações, realizada em 29 de março. O Primeiro Ciclo, que previa 838 áreas em 12 bacias, passará a contar com 884, em 15 bacias sedimentares, somando 345.882,88 quilômetros quadrados.

Os 46 blocos estão localizados nas bacias de nova fronteira de Parnaíba (8) e Paraná (13) e nas bacias marítimas de Ceará (11), Potiguar (6), Sergipe-Alagoas (5) e Santos (3). Dessas bacias, somente Ceará e a porção marítima da Bacia Potiguar não estavam incluídas na proposta inicial para o Primeiro Ciclo da Oferta Permanente.

Mossoró e o RN precisam ir à Caucaia

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mossoró (e a do RN) precisa reunir uma comitiva e conhecer o projeto de aproveitamento do biogás do aterro sanitário de Caucaia e os detalhes burocráticos da parceria da prefeitura com a empresa que faz a exploração e comercialização.

A empresa é a Ecometano que inaugurou durante a semana a sua segunda usina no país, em Fortaleza (CE). Fruto de investimentos de R$ 100 milhões, em parceria com a Marquise Ambiental, que administra o aterro Oeste de Caucaia, a nova unidade é a primeira em larga escala da companhia, que traça planos para construir mais três projetos no país.

O modelo de negócios difere da maioria dos projetos de biogás do país: ao invés de usar o combustível para geração elétrica, a companhia purifica o biogás, que é então convertido em biometano – produto com as mesmas características físico-químicas do gás natural – e, em seguida, injeta o combustível nas redes das distribuidoras de gás canalizado.

A Ecometano tem planos de atingir, em até quatro anos, uma produção de 250 mil m3/dia de biometano – volume equivalente a todo o consumo de gás natural do Rio Grande do Norte.

Despesas dos municípios com saúde vão ao limite

Os dados do governo mostram que o período de recessão elevou a aplicação de recursos na saúde, principalmente pelos municípios. A aplicação de recursos da União na área somou R$ 115 bilhões em 2017, 0,7 ponto percentual acima dos 15% de receita corrente líquida, o mínimo estabelecido para o governo federal na saúde. Os Estados destinaram R$ 65,6 bilhões para a saúde, o equivalente, em média, a 13,4% da receita própria e 1,4 ponto percentual acima do mínimo constitucional de 12%.

Os municípios aplicaram no ano passado valor maior que os Estados, tanto em termos absolutos como relativos. As prefeituras destinaram R$ 81,75 bilhões à saúde no ano passado, o equivalente a 24,22% da receita própria, 9,22 pontos percentuais acima do mínimo de 15%.

Cartões de crédito

A agenda do BC em relação aos cartões de crédito é composta por três vetores: a migração para um modelo com prazo de liquidação mais curto para o estabelecimento comercial, hoje ao redor dos 30 dias; taxas de juros mais baixas para o consumidor; e a redução na taxa de intercâmbio – paga pelo credenciador ao emissor do cartão.

Pagamentos com cartão

O Banco Central (BC) vai autorizar um modelo de pagamentos instantâneos no Brasil. É ponto central que as transferências possam ser feitas a qualquer momento e no formato que o usuário desejar, primordialmente por meio dos smartphones. Com isso, uma pessoa poderia enviar dinheiro de sua conta corrente para o cartão de crédito de outra a qualquer hora, inclusive no fim de semana.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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Categoria(s): Artigo
sábado - 21/04/2018 - 23:58h

Pensando bem…

“Quem nada faz, está prestes a fazer o mal”.

Benjamin Franklin

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
sábado - 21/04/2018 - 22:56h

Maniqueísmo? Tô fora!

Por François Silvestre

Não me alinho nem me filio automaticamente a qualquer dos dois lados dessa estupidez nacional.

Prefiro usar o cérebro em vez do fígado. E deixar o fígado em paz, para que possa cuidar da cerveja. E com o cérebro ver, sem paixão, o que há de errado ou certo em qualquer dos lados.

Claro que tendo a limitação da minha própria visão, que poderá também, e certamente, errar tanto quanto os erros que vejo nos dois lados.

O que não aceito é compromisso automático com essa ou aquela orientação. Prefiro que cada lado pense que sou do outro lado, a ter que prestar vassalagem ou dar satisfações a quem quer que seja.

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Categoria(s): Opinião
sábado - 21/04/2018 - 12:57h
RN

Psol define sua chapa majoritária para campanha 2018

Blog de Paulo Tarcísio Cavalcanti

Em reunião realizada nessa sexta-feira (20) no auditório do Sindicato dos Bancários, em Natal, o PSOL-RN definiu a sua chapa majoritária para o pleito teste ano, anunciando os seguintes pré-candidatos:

Parte da majoritária posa para foto (Foto: divulgação)

Governador e vice – Professor Carlos Alberto/Sindicalista Aparecida Dantas
Senadores – Professores Telma Gurgel e Laílson Almeida
Suplentes – Professores Jefferson Garrido (de Telma Gurgel) e Tita Holanda (de Laílson Almeida)

As chapas para deputado estadual e federal continuam abertas para definição de pré-candidaturas até 5 de maio.

Contudo, já se sabe que estarão na lista para a Assembleia Legislativa os nomes dos vereadores natalense Sandro Pimentel e Maurício Gurgel, professor Luiz Carlos (ex-vereador em Natal e ex-candidato a deputado estadual em 2014), ex-prefeito de Janduís Salomão Gurgel e o professor Robério Paulino (candidato a governador em 2014).

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  • Pastel Premium Mossoró - Pastel de Tangará - Aclecivam Soares
sábado - 21/04/2018 - 12:32h
José Orlando

“Forró Universitário” apresenta hoje o “Pistoleiro do Amor”

O sabadão promete.

Neste sábado (21), O “Oba Restaurante” (Mossoró) apresentará a promoção “Forró Universitário”, com o “Pistoleiro do Amor” – José Orlando.

Começa às 20h.

Na janela musical haverá apresentação do Grupo Infla 6.

José Orlando nasceu em Pedreiras, cidade do interior do Maranhão. Em 1975 gravou sua primeira música como compositor com o cantor Alípio Martins.

O artista apostou nele e seu primeiro “LP” veio em 1981, intitulado “Cheiro do Povo”, mas o sucesso só surgiu em 1983 com o LP “Declaração”, produzido também por Alípio Martins.

São 37 anos de carreira, com músicas românticas e dançantes.

Mais informações e senhas por estes números: (84) ( 8800-1111/3318-1111).

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sábado - 21/04/2018 - 11:53h
Publicação

Livro aponta história, fracassos e caminhos em luta contra seca

A obra “Um século de secas: por que as políticas hídricas não transformaram o Semiárido brasileiro?” é um relato crítico e analítico da história de mais de 100 anos de políticas hídricas implementadas na região semiárida brasileira. A publicação já está à venda.

A abrangência temporal da pesquisa, bem como das instituições analisadas, possibilitaram uma visão ampla dos fatores comuns às ações de mitigação dos impactos da seca durante o período.

A publicação foi escrita pelo meteorologista Humberto Alves Barbosa, doutor em Solo, Água e Ciências Ambientais, pela Universidade do Arizona, especialista em monitoramento ambiental das secas, atualmente autor de relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Ele também é professor da Universidade Federal de Alagoas.

A coautoria é da historiadora e jornalista Catarina de Oliveira Buriti, doutora em Recursos Naturais, com experiência em pesquisas e divulgação científica no Semiárido brasileiro.

O livro compõe acervo da Editora Chiado. Conheça-o melhor e o adquira clicando AQUI.

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sábado - 21/04/2018 - 10:14h
Insegurança jurídica

Fim da MP da reforma trabalhista altera de novo regras da CLT

Por Tadeu Rover e Fernando Martines (Consultor Jurídico)

Editada com o objetivo de “ajustar” alguns pontos da reforma trabalhista (Lei 13.467/17), a Medida Provisória 808 causará um desajuste a partir de segunda-feira (23/4), quando perderá a validade.

A medida provisória deixava claro que as mudanças da lei se aplicavam, na integralidade, aos contratos de trabalho vigentes e tratava de pontos polêmicos como contrato intermitente, negociação coletiva, jornada 12×36, contribuição provisória e atividade insalubre por gestantes e lactantes.

Com sua queda, voltam a valer as regras anteriores, como se nunca tivesse existido.

Para alguns especialistas, essa situação cria uma “insegurança jurídica”.

Veja mais detalhes clicando AQUI.

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sábado - 21/04/2018 - 09:30h
Barragem Armando Ribeiro

Nível da lâmina de água aumenta 19 centímetros em 24 horas

Do Blog Rabiscos do Samuel Júnior

O nível da lâmina de água da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (Vale do Açu) aumentou 19 centímetros de ontem  (sexta-feira, 20) para hoje (sábado, 21).

No período de 12 de fevereiro, data em que foi registrado o menor nível de 2018, até hoje, a elevação acumulada do nível da barragem foi de 5,99 metros.

Faltam 14,55 metros para a barragem atingir a cota de sangria.

* A Armando Ribeiro tem capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos e é administrada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

Está localizada no rio Piranhas-Açu entre os municípios de Assu, Itajá e São Rafael e é o maior reservatório de água do RN, inaugurado em 1983.

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sexta-feira - 20/04/2018 - 23:52h

Pensando bem…

“Sem fracassos eu não estaria aqui. A maioria das coisas que eu sei hoje eu aprendi através deles.”

Reinhold Messner

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sexta-feira - 20/04/2018 - 21:44h
Câmara Federal

Robinson prevê Fábio como campeão de votos este ano

Fábio: 3º em 2014 (Foto: arquivo)

Blog Carlos Santos almoçou e conversou demoradamente com o governador Robinson Faria (PSD) sobre cenário político e administrativo do estado, em sua passagem por Mossoró no início dessa semana.

Ele fez pelo menos duas previsões quanto à Câmara Federal:

– Fábio Faria (PSD) vai ser o mais votado a deputado federal.

Por seus cálculos, o parlamentar (que é seu filho) passará da marca de 200 mil votos.

Não concordo com a segunda estimativa, mas admito como possível a primeira.

Em 2014, Fábio empalmou 166.427 (10,53%) votos, sendo reeleito como o terceiro mais votado.

Veja números da eleição a deputado federal em 2014 clicando AQUI.

Leia também: Eleição à Câmara Federal no RN pode alterar ‘clube fechado‘;

Leia também: Câmara Federal com emoção e uma baixa – Eleições 2010;

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sexta-feira - 20/04/2018 - 20:28h
Mossoró

PCdoB forma dobradinha para federal e estadual

Luzia e Gutemberg: dobradinha (Foto: Web)

O ex-candidato a prefeito de Mossoró Gutemberg Dias (PCdoB) e a enfermeira Luzia Bessa Vale (PCdoB) definiram dobradinha eleitoral este ano, a partir de Mossoró.

Ele será candidato à Assembleia Legislativa, enquanto ela concorrerá à Câmara Federal.

O PCdoB marcha para se compor numa aliança com o PT e o PHS na disputa eleitoral 2018 no Rio Grande do Norte.

No plano nacional, já empina a pré-candidatura da jornalista e deputada estadual gaúcha Manuela d’Ávila à Presidência da República.

Seu nome foi apresentado no 14º Congresso Nacional do PCdoB, em novembro do ano passado.

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sexta-feira - 20/04/2018 - 19:16h
Comunicado

Procuradoria diz que não pediu nada que “afete” Robinson

Em comunicado passado à imprensa já agora à noite, o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, refutou incisivamente versão de que a Procuradoria Geral da República (PGR) tenha protocolado qualquer pedido de afastamento do governador Robinson Faria (PSD) do poder.

Resumiu tudo o que efetivamente aconteceu (como o Blog Carlos Santos antecipou à tarde na postagem Assembleia pode abrir processo para investigar Robinson), ao asseverar que nada foi encaminhado “que afete o exercício da Chefia do Executivo pelo Governador Robinson Faria”.

Veja a Nota na íntegra no boxe abaixo:

Luciano Mariz esclareceu papel da PGR (Foto: Carta Capital)

O Vice-Procurador-Geral da República (VPGR) esclarece que recebeu representação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, na qual solicitou abertura de investigação criminal contra o governador Robinson Farias, alegadamente por prática de atos de que resultaram desaprovação das contas estaduais.

Constatando o Vice-Procurador-Geral que os atos alegados não configuravam crimes previstos na legislação penal, sendo, potencialmente, unicamente situações capazes de sugerir prática de infrações político-administrativas (crimes de responsabilidade), reconheceu não haver competência do Ministério Público Federal junto ao STJ para atuar no caso.

Em razão disso, o VPGR encaminhou a representação à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, para que o Poder Legislativo livremente aprecie o assunto, no âmbito de sua competência constitucional.

Ainda sobre este assunto, o Vice-Procurador-Geral não encaminhou nenhum pedido que afete o exercício da Chefia do Executivo pelo Governador Robinson Faria.

Luciano Mariz Maia, 59, é natural de Pombal na Paraíba. Foi escolhido pessoalmente pela procuradora geral Raquel Dodge para compor sua equipe e foi nomeado no dia 22 de setembro de 2017, quando ela substituiu Rodrigo Janot na PGR.

Está desde 1991 no Ministério Público Federal (MPF).

Leia também: Assembleia Legislativa confirma que não há pedido para afastar Robinson.

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sexta-feira - 20/04/2018 - 18:03h
Vamos na fé

É delicado o quadro de saúde do ex-vereador Milton Silveira

É bastante aflitivo o estado de saúde do enfermeiro e ex-vereador Raimundo Milton da Silveira (Milton Silveira), 89 anos completados no último dia 10.

Milton: na fé (Foto: Web)

Ele está internado há vários dias na UTI do Hospital do Coração em Natal.

Enfrenta complicações decorrentes do câncer, que foi identificado em novembro do ano passado.

Milton é natural de Reriutaba no Ceará.

Ainda jovem desembarcou em Mossoró e começou a praticar a enfermagem coisa herdada do seu pai, Miguel Silveira.

Pai do ex-vereador Carlinhos Silveira, irmão do ex-deputado estadual Francisco José e tio do ex-prefeito Francisco José Júnior, é uma pessoa que sempre pairou acima das questiúnculas políticas ou qualquer tipo de diferença interpessoal.

Nota do Blog – Nosso webleitor fiel, figura humana da melhor extração, gente de nossa amizade. Encontrei-o há poucas semanas e dei-lhe um abraço, além de tirar uma “chapa” ao seu lado.

Torço por ti; vamos na fé.

Amém!

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sexta-feira - 20/04/2018 - 17:20h
Blog acertou

Assembleia confirma que não há pedido para afastar Robinson

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte emite Nota Oficial sobre suposto pedido de afastamento do governador Robinson Faria (PSD), que teria sido encaminhado a esse poder pela Procuradoria Geral da República (PGR).

O documento foi divulgado há poucos minutos. Atesta que a notícia real e sem precipitação foi dada pelo Blog Carlos Santos (e outros escassos endereços na Net), ao afirmarmos  não existir solicitação da PGR para tirar o governante do cargo.

A nota da AL vai ao encontro do que esta página noticiou na postagem sob o título Assembleia pode abrir processo para investigar Robinson.

Leia a Nota Oficial no boxe abaixo:

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte recebeu ofício assinado pelo vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz, junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para tomar providências sobre supostas práticas de crime de responsabilidade praticado pelo chefe do Executivo potiguar.

O Poder Legislativo foi notificado e encaminhará à Procuradoria Geral da Assembleia para providências da Casa Legislativa.

Palácio José Augusto – Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

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sexta-feira - 20/04/2018 - 16:28h
Polêmica

Assembleia pode abrir processo para investigar Robinson Faria

Notícia de que Raquel Dodge solicitou saída de governador não procede; governo emite nota sobre caso

A notícia que rapidamente foi espalhada à tarde desta sexta-feira (20) nas redes sociais e diversos endereços da imprensa do RN, atestando que a Procuradoria Geral da República (PGR) pedira o afastamento do governador Robinson Faria (PSD), não procede.

Embaraço do governo com contas já está na AL antes mesmo de manifestação do MPRN (Foto: arquivo)

A procuradora geral da República Raquel Dodge recebeu do Ministério Público do Rio RN (MPRN) uma representação nesse sentido. Mas ela alegou incompetência da PGR e apenas a encaminhou à Assembleia Legislativa, para adoção de providências.

A Assembleia Legislativa poderá apurar. Ou não. Abrirá ou não processo que pode resultar no afastamento do governante.

Esta semana, o deputado estadual Gustavo Fernandes (PSDB) pediu celeridade (veja AQUI) na AL para apreciação de contas de governo do exercício 2016 (já reprovadas no âmbito do Tribunal de Contas do Estado-TCE).

O TCE atestou existência de crimes de responsabilidade e improbidade administrativa, o que levou o MPRN a provocar a procuradora geral Raquel Dodge.

Governo desmente

O Governo do Estado desmente a notícia precipitada, dando posição sobre o caso. Veja abaixo:

A informação de que a Procuradoria Geral da República (PGR) havia pedido afastamento do Governador Robinson Faria NÃO CORRESPONDE à verdade. O que ocorreu foi que o Ministério Público, com base na reprovação de contas indicada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), encaminhou pedido à PGR, e aquela Procuradoria apenas reencaminhou o pedido para a Assembleia Legislativa, sem emitir NENHUM juízo de valor.

A PGR, por Lei, não se manifesta sobre este tipo de matéria e se constitui em CRIME DE RESPONSABILIDADE atribuir tal pedido à aquela Procuradoria.

Governo do RN

Leia tambémRobinson segura-se na cadeira, apesar das conspirações.

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sexta-feira - 20/04/2018 - 14:39h
Em Junho

RN terá eleições a prefeito e vice em quatro municípios

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN), publicou as resoluções que fixa data e aprova as instruções para a realização de novas eleições para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito dos municípios de Galinhos, Parazinho, São José de Campestre e Pedro Avelino.

Os pleitos acontecerão no dia 03 de junho de 2018 (domingo) das 8h às 17h e estarão aptos a votar os eleitores constantes do cadastro eleitoral em situação regular, com domicílio eleitoral no respectivo município até o dia 03 de janeiro de 2018, e que permaneçam nessa situação até a data do pleito.

Confira abaixo os principais prazos do calendário eleitoral das eleições suplementares, nos quatro municípios:

25 de abril

– Data a partir da qual é permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher os candidatos aos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito.

30 de abril

– Último dia para a realização de convenções destinadas a deliberar sobre as coligações e escolha dos candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito.

02 de maio

– Último dia para o candidato escolhido em convenção desincompatibilizar-se, observada a data de escolha em convenção.

04 de maio

– Último dia para os partidos políticos e coligações apresentarem no Cartório Eleitoral, até às 19 horas, o requerimento de registro de candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito

– Data a partir da qual é vedado aos candidatos participarem de inaugurações de obras públicas.

05 de maio

– Data a partir da qual será permitida a propaganda eleitoral

02 de junho (véspera da eleição)

– Último dia para propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8 e as 22 horas, para a promoção de carreata e distribuição de material de propaganda política e para a propaganda na internet.

03 de junho (dia da eleição)

– às 7h – Instalação da seção eleitoral

– às 8h – Início da votação

– às 17h – Encerramento da votação

28 de junho

– Último dia para a diplomação dos eleitos.

Veja mais detalhes clicando AQUI.

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